Cor e Identidade Regional

10 painéis vão compor, temporariamente, a paisagem da Praça Flores, de Rivera.

Os exercícios e trabalhos de conclusão, desenvolvidos pelos alunos do Curso de Desenho Pré-industrial, que mescla brasileiros e uruguaios, costumam levar arte para as ruas da Fronteira. Nesse ano, não tem sido diferente. Dos encontros entre professores e alunos, realizados diariamente no Centro Universitário de Rivera (CUR), pertencente à Universidad de La República, com sede em Montevidéu, surgiu a ideia de realizar a atividade experimental chamada Cor e Identidade Regional, exposta na riverense Praça Flores.

CRÉDITO: Amanda Ziani

Conforme a professora Vírginia Lacco, o trabalho dos painéis não será o principal dessa edição do curso, no entanto o grupo resolveu apresentar em um espaço público os resultados de uma das etapas de suas experiências artísticas. Trata-se de uma intervenção urbana com pintura mural, que dá continuidade à investigação sobre identidade regional, realizada no ano passado. Na proposta de 2012, a turma instalou marcos coloridos ao longo da linha divisória, localizada em frente ao Rivera Casino & Resort, entre as Avenidas João Pessoas e 33 Orientales. Em ambos os conjuntos de obras, anteriores e atuais, é possível identificar elementos pertencentes ao imaginário fronteiriço, como pandorgas, marcos, entre outros.

Os murais, hoje instalados a céu aberto, passaram por uma análise de incidência de cor sob o ponto de vista da identidade e da cultura da região. Esses principais temas foram criados no módulo: Arte no Espaço Urbano. A exemplo do ano passado, cada módulo do Curso, que tem duração anual, promove um passo em direção a uma construção mais complexa de técnicas e significados. Nos marcos coloridos apresentados pelos alunos, a investigação partiu da tipografia utilizada em embalagens de produtos, passou por estudo de cor, e por meio do método “ensino ativo”, os próprios alunos vão propondo os caminhos de aprendizado e concretização do trabalho.

Os painéis trouxeram mais cor e signos para um importante espaço de convivência da cidade. Eles confirmam a hipótese de que é necessário capacitar artistas para uma melhor expressão daquilo que desejam comunicar com suas obras. Além disso, a cultura local passa a ser estudada e compreendida, mesmo que de forma relativa. Ganham a cidade e o público que passa a conviver com uma estética mais harmônica, do que faixas e cartazes comerciais habitualmente vistos na Fronteira.

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