Seu pouco é muito

A comunidade santanense já começa a viver um dos períodos de maior emoção e comoção social, principalmente em razão da motivação religiosa, espiritual, que caracteriza o último bimestre do ano, com o Natal e o renovar das esperanças trazidos pelas festas da virada. O ano chega à metade de novembro e, mais uma vez, campanhas sociais promovidas tanto pelos órgãos públicos, quanto por entidades de caráter privado, e até mesmo grupos de voluntariado, começam a buscar, principalmente, um indispensável envolvimento de empresas privadas, associações de profissionais liberais e até mesmo entidades locais de objetivo cultural ou de lazer, visando com essa ajuda minorar as dificuldades enfrentadas pelas famílias em situação de carência material. Infelizmente, a realidade sócio-econômica na qual Livramento está inserida ainda exige que se promova mobilizações de apoio a quem não consegue prover todas as suas necessidades, seja em função do desemprego, seja em razão do sub-emprego, seja ainda por causa dos elevados custos da sobrevivência. Enfim, é fato que muita gente não consegue tudo de que precisa, e a ajuda, portanto, é uma questão de Justiça e deveria ser permanente até que se alcance a qualidade de vida que permita a cada cidadão prover por seus próprios meios todas suas necessidades e daqueles que dele dependem. É certo, porém, que nenhuma campanha conseguirá atingir os objetivos aos quais se propõe caso não mobilize a sociedade como um todo. O Natal, em virtude de toda sua simbologia relacionada com a fraternidade e a solidariedade, é, obviamente, um momento especial para essa prática. Os espíritos se elevam, a própria sociedade se prepara para essa ajuda. Vale lembrar que algumas pessoas, que por exemplo tenham decido renovar seu patrimônio, trocar o guarda-roupas, adquirir brinquedos novos, enfim, podem por isso ajudar quem não tem sequer um patrimônio para manter, quanto mais para trocar. Neste período, devem deixar, sim, o sentimento da divisão, do compartilhar, falar mais alto. Por isso, a mobilização proposta pelas pessoas que promovem campanhas tem tudo para mais uma vez repetir os sucessos alcançados em oportunidades anteriores. Essas campanhas já se transformaram em uma tradição na Fronteira, e certamente muitas famílias esperam por elas com a esperança de quem sabe que, através da solidariedade de muitos anônimos doadores, terão como minimizar as agruras enfrentadas no dia a dia. É hora então de a comunidade se envolver, mais uma vez, para ajudar. Na noite de ontem, por exemplo, uma palestra realizada no auditório da Unipampa arrecadou, à guisa de ingresso, doações de alimentos não-pereíciveis. Só isso, mas com certeza uma iniciativa de grande importância. Um pouco de cada um certamente será muito importante para que se consiga beneficiar um grande número pessoas carentes e entidades que se dedicam ao apoio aos mais desvalidos. Peças de vestuário e outros itens, como brinquedos e os próprios alimentos não perecíveis, por pouco que sejam, podem, muitas vezes, não fazer falta no cotidiano da maioria, mas com certeza poderão, sim, fazer a diferença no Natal de muita gente.

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