Audiência pública alerta sobre a importação de materiais contaminados

Evento promovido pela Polícia Federal foi realizado ontem, no auditório do IFSul, em conjunto de órgãos fiscalizadores

Mesa principal composta pelo inspetor-chefe da PRF, Valmir Souza do Espírito Santo; Rodrigo Dutra Silva, chefe da regional do IBAMA; vice-prefeito Eduardo Oliveira; delegado Alessandro Lopes, chefe da Delegacia Regional da PF e Alejandro Berton, do Meio Ambiente da Intendência de Rivera

Diversos empresários, representantes de órgãos públicos, privados e comunidade em geral participaram da audiência pública realizada ontem, 7, pela manhã, no auditório do IFSul. O evento, promovido de forma conjunta pela Polícia Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis-IBAMA, Receita Federal do Brasil, Polícia Rodoviária Federal e Departamento do Meio Ambiente de Livramento, conseguiu passar o recado e esclarecer as principais dúvidas de quem trabalha ou tem intenção de trabalhar no ramo de importação, armazenamento, processamento e comercialização de resíduos sólidos, como baterias e plásticos.

Delegado federal Leonei Maruí Moura de Almeira realizou uma avaliação do evento de ontem

Durante a abertura do evento, ocuparam a mesa principal o delegado-chefe da Delegacia Regional da Polícia Federal, Alessandro Lopes, e o vice-prefeito Eduardo Oliveira, que abriram a audiência pública destacando a importância do evento. Também ocuparam o dispositivo, o inspetor Valmir Souza do Espírito Santo, chefe da 11ª Delegacia Regional da Polícia Rodoviária Federal; Ana Cristina Yebra, coordenadora do Dema; delegado de Polícia Federal Leonei Maruí Moura de Almeida; Alejandro Berton, diretor general da Salubridad Higiene Y Meio Ambiente da Intendência de Rivera, no Uruguai; analista ambiental Rodrigo Dutra da Silva, chefe do IBAMA da regional em Bagé e auditor fiscal; Adilson Valente, inspetor-chefe da Inspetoria da Receita Federal do Brasil em Livramento. 

Avaliação 

O delegado federal Leonei Maruí Moura de Almeira fez uma avaliação positiva do evento. “Avaliamos como muito produtivo, foi uma oportunidade importante. É um tema interessante que ainda não havia sido colocado desta maneira. A presença do público, com o auditório praticamente lotado, demonstra o interesse e que estamos atingindo o primeiro objetivo, que era esclarecer e conscientizar a população sobre esta problemática, que ocorre aqui nesta área de fronteira. Esperamos que agora consigamos colher frutos desta atividade com o pessoal que participou e dos que por ventura precisam ingressar na legalidade nas atividades de importação, comercialização, transporte e processamento de resíduos sólidos. A Polícia Federal ainda não tem uma data específica para outro evento desta natureza, mas a partir de agora vamos reunir novamente o grupo, e realizar uma avaliação de como está sendo a resposta no número de apreensões e dos resultados a partir deste evento. Também já houve uma padronização das autuações e como a própria PRF já sinalizou, vamos intensificar a fiscalização.

“Não existe canal legal para entrada de baterias usadas do exterior”

Enfatizou, durante palestra, Rodrigo Dutra da Silva, chefe do IBAMA da regional em Bagé

O analista ambiental Rodrigo Dutra da Silva, chefe do IBAMA da regional em Bagé, alertou a comunidade quanto à proibição da importação de baterias usadas.

A programação da audiência pública realizada ontem, no auditório do IFSul, em Livramento, contou com palestras técnicas e entre elas ficou o alerta para toda a comunidade. Na oportunidade, o analista ambiental Rodrigo Dutra da Silva, chefe do IBAMA da regional em Bagé, alertou a comunidade que é proibida a importação de baterias usadas do estrangeiro, ou seja, as sucatas ou acumuladores elétricos. “A importação de bateria usada é proibida pela nossa legislação, ou seja, não existe canal legal para entrada legal deste tipo de resíduo. Claro que não podemos confundir com baterias novas. Também quero ressaltar que essa importação é de bateria do Uruguai e de outros países, pois se for bateria usada nossa, ela deve retornar para quem vendeu, que dará um destino adequado para o material contaminante. Essa logística funciona bem, no caso de reciclagem, por que o chumbo é problemático no Brasil. As baterias novas precisam de chumbo reciclado para serem feitas, porque não existe sobra de chumbo, então esta logística funciona. Essas baterias usadas que serão trocadas na loja e outros pontos de venda serão recolhidas e armazenadas em um depósito credenciado, e depois a indústria vem buscar”, explicou.

Já com relação aos plásticos, foi repassada a informação do tipo de procedimento que deve ser tomado para que ele possa ser importado legalmente. “Da forma como ele está vindo, sujo, contaminado, misturado com outros resíduos, é proibido, e isso ficou bastante claro hoje, pois esse material tem que ser lavado corretamente para poder ser importado legalmente”, alertou Rodrigo.

 

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