Exames em ordem

A transferência da responsabilidade pelas autorizações de exames de média complexidade para a Administração Municipal, através da Secretaria Municipal de Saúde, permite esperar que, daqui para a frente, no mínimo, se alcance uma fluência mais célere no processo de realização dos exames, indispensáveis para o embasamento mais qualificado e criterioso dos diagnósticos médicos de pacientes segurados pelo Sistema Único de Saúde em Livramento. É certo que ainda há diversos aspectos a resolver, especialmente com relação, por exemplo, à demanda reprimida durante vários meses, neste ano, quando os exames estavam sendo contratualizados entre o hospital Santa Casa de Misericórdia e o SUS, representado pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul. O que se tem, até agora, com relação a esse período, é um completo emaranhado de informações que pouca informação objetiva fornece, com exceção ao fato de que, realmente, os usuários acabaram sendo – mais uma vez – prejudicados pela burocracia. Foi contratualizado, e pago, número suficiente de exames em diversas especialidades para atender a todos os pacientes cadastrados em uma fila de espera organizada pelo Município. Ou seja: os usuários poderiam ter sido atendidos. Só que, conforme foi divulgado recentemente, um número grande de pessoas – certamente ansiosas por um tratamento que, por sua vez, depende da confirmação do diagnóstico que será finalmente proporcionado pela realização do exame solicitado pelo médico – espera pelo atendimento de suas solicitações. Isso é claro, independente das razões pelas quais as autorizações não aconteceram, apesar de pagas pelo SUS. Instalam-se, assim, duas situações a demandarem providências: uma delas, a de estabelecer as responsabilidades em relação aos valores recebidos com relação à contratualização e aos exames não realizados, e a outra no sentido de que, de qualquer forma, os usuários que ficaram na fila de espera pela autorização de exames terão que ser atendidos. Ainda que se inicie, agora, um novo momento com a Secretaria da Saúde assumindo a responsabilidade pelos exames de média complexidade, não poderá ignorar o que ficou pendente, no caso a fila de espera. A esperança é de que, isso sim, o ritmo das autorizações passe a ser mais ágil, a fim de que em breve o Município consiga finalmente atender aos pedidos que estão na fila de espera e igualmente passar a atender com mais agilidade os novos pedidos que passarão a ser feitos. É a maneira de colocar ordem, finalmente, nesse polêmico assunto das autorizações para exames médicos de média complexidade, em favor de milhares de usuários do SUS que merecem sempre melhor qualidade nesse serviço.

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