Inter sofre, mas vence o Santa Cruz por 2 a 0 e avança na Copa do Brasil

O time de Dunga não fez uma de suas melhores partidas, a vitória na Serra Gaúcha foi mais difícil que o esperado

Debaixo de chuva, o primeiro tempo foi de poucas chances claras de gol

Foi sob constante chuvisqueiro, alguma cerração, sensação térmica inferior aos 10°C e muito nervosismo que o Inter bateu o Santa Cruz por 2 a 0 no Centenário e avançou à terceira fase da Copa do Brasil, onde enfrentará o vencedor de Avaí e América-MG, que decidem a classificação nesta quinta-feira.

Nas arquibancadas, os torcedores eram obrigados a se defender do mau tempo com capas de chuva, toucas e agasalhos. E esses colorados viram nos primeiros três minutos de jogo um surpreendente Santa Cruz no campo do Inter, e um Inter ansioso e errando passes — e perdendo sequências de jogadas por permitir a bola quicar demais e deslizar pelo gramado úmido.

E havia apreensão na Serra. Como o 0 a 0 de Recife dava a vantagem da vaga dos pernambucanos, em caso de empate com gols, qualquer ataque do Santa Cruz fazia o torcedor do Inter prender a respiração. Na cabine onde estava parte da direção colorada, o sofrimento parecia ser ainda maior — com as expressões de angústia e tapas sobre um pequeno tablado, a cada avanço adversário.

Aos 16 minutos, o golaço de Diego Forlán, anulado por impedimento, revoltou os torcedores. Seria o gol do desafogo. Mas não foi.

E Flávio Caça-Rato, com suas luvas para o inverno, seguia perturbando os colorados. Marcado desde a saída de bola, o Inter errava passes com os seus laterais e a defesa passava a fazer perigosos recuos para Muriel — tudo isso com o aumento da chuva e com o campo começando a mostrar poças.

Fabrício foi o retrato de um Inter nervoso no primeiro tempo. Aos 35 minutos, ele reclamou a inversão de um lateral e recebeu o cartão amarelo. Precisou de quatro minutos para fazer uma falta de cartão em Caça-Rato e receber o vermelho.

— Tomei um cartão amarelo bobo. A expulsão foi justa — disse Fabrício, ao deixar o campo.

E o Inter seguia precisando da vitória, agora com um a menos em campo e diante de um adversário da Série C nacional.

No segundo tempo, o Santa Cruz parecia ter certeza na vitória e foi ao ataque.

Renatinho, meia do tamanho de uma criança de 11 anos, ficou livre e perdeu o gol cara a cara com Muriel. Eram apenas três mminutos.

O Inter era quem passava a buscar os contra-ataques.

Empurrado pela torcida — que passava a temer pela Copa do Brasil, recordando o terror de eliminações históricas para Remo, América-MG, Paulista, Londrina e Juventude —, o Inter foi à frente e um inesperado ponta-esquerda, Airton, cruzou na medida para o voleio certeiro de D’Alessandro. Um belo gol e um breve alívio aos colorados em Caxias do Sul.

A vitória por 1 a 0 não afastava a tensão. O 1 a 1 eliminaria o Inter. D’Alessandro passou a comandar o jogo. Recebia a bola e a levava para o fundo do campo, irritava os adversários. Aos 25, cavou a expulsão de Tiago Costa. Agora eram 10 contra 10. E o Inter tinha a vantagem.

Caio entrou no lugar de Rafael Moura aos 26 minutos. A cena avança 10 minutos.

Caio bate da entrada da área, vence o Tiago Cardoso em um golaço, e dá a classificação ao Inter.

O 2 a 0 sacramentou uma complicada vaga no torneio. Mas não precisava ser com tamanho sofrimento, logo na segunda fase da Copa do Brasil.

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