Suposta dedetização em sala alugada por empresa, na área central, teria causado transtorno a moradores
Duas mulheres – uma delas grávida – e um homem necessitaram de atendimento médico na Santa Casa de Misericórdia, na noite de segunda-feira
“Eu cheguei ao escritório, de onde havia saído, por volta das 17h40. Minha colega estava passando mal e já ligando para o esposo, com dificuldade para respirar e muita tosse. No momento em que cheguei, eu também comecei a passar mal, tossindo, com vômito, o que ela também teve. O esposo dela chegou para socorrer e também começou a passar mal. Eles foram para o pronto-socorro e eu chamei meu pai, que mora na frente do escritório, que também começou a passar mal, assim como a gente. Eu vim até a casa dele, já com tosse e irritação na garganta, e fui levada para o Pronto-Socorro, onde fui atendida, fiz nebulização e fui mandada para casa. Quando chegamos aqui, o Corpo de Bombeiros já estava no local, agindo de acordo com a situação”.
O relato acima foi feito pela advogada Tais Asconavieta, 35 anos, instantes depois de ter passado mal, após uma suposta ação de dedetização feita em um prédio localizado na rua General Câmara, a 50 metros da Avenida Silveira Martins, onde está instalado o escritório de advocacia onde atua com outra colega.
De acordo com os relatos feitos por testemunhas, no fim da tarde de segunda-feira, depois que a sede de uma empresa instalada no mesmo prédio foi fechada para dedetização, o odor do produto utilizado para a atividade acabou se esparramando por outras dependências do local, atingindo a parte residencial do prédio. “Em dois minutos, depois de entrar no local, eu comecei a passar mal, sentindo muita tosse e garganta seca. A tosse evoluiu para uma questão crônica e ardência nos olhos. Eram instantâneas, ao entrar no local, as sensações de mal estar e dor de cabeça”, contou Tais. “Eu não tinha conhecimento de que havia sido feita alguma dedetização no prédio, e a parte que tinha mais cheiro era nos banheiros. Isso foi feito hoje (segunda)”, relatou a advogada.
Contraponto
Procurado para comentar sobre a questão, o coordenador operacional da empresa que, segundo as testemunhas, teria encomendado o processo de dedetização, não foi localizado para comentar o fato.