Um plano para o desenvolvimento regional
No início do primeiro ano agrícola de seu mandato, o governador Tarso Genro lançou, no município de Sério, o primeiro Plano Agrícola do Estado, o que coloca o Rio Grande do Sul numa posição de vanguarda entre os demais estados e, mais do que isso, disponibiliza ao segmento primário gaúcho instrumentos importantes para o seu desenvolvimento.
Elaborado pelas secretarias da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, com a participação dos representantes do sistema financeiro estadual, o Plano, além de uma série de outras medidas, oferece mais R$ 1,1 bilhão de reais em crédito para o setor rural gaúcho, que já havia sido contemplado com 14 bilhões de reais pelo Plano Safra lançado pela presidenta Dilma Roussef.
Uma das principais necessidades dos agricultores e pecuaristas é o crédito em abundância e a juros estimuladores. Um exemplo prático disso é o que vem ocorrendo no País, especialmente nos últimos oito anos. O volume de recursos do Plano Safra aumentou cinco vezes, saindo de 23 bilhões de reais para os atuais 124 bilhões de reais, com juros cada vez menores e instrumentos mais potentes de abastecimento, de acesso a mercados institucionais, como exemplo a merenda escolar, e de garantia de preços, entre outros.
No campo, assistimos, desde então, safras cada vez maiores, apesar do ritmo menor de expansão das áreas plantadas. Nos últimos 25 anos a produtividade média das lavouras brasileira e gaúcha dobraram. Aqui no Estado, enquanto a área plantada permaneceu em torno dos 7,5 milhões de hectares, passamos de 13 para 28 milhões de toneladas de grãos.
Mas o Plano Safra não é tão somente crédito. Nele, o Governo do Estado garante que investirá na revitalização da extensão e da pesquisa, com a contratação de mais de 250 extensionistas e pesquisadores para a Emater e para a Fepagro. É, ainda, um compromisso com a melhoria das condições sanitárias, num trabalho executado em articulação e em complementariedade com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Temos, para além destas medidas, compromissos com o aumento da produção do milho no Estado, com o aumento da produtividade da bacia leiteira, com a viabilização do uso do arroz na ração animal, medidas que, somadas ao crédito subsidiado, estimulam a agropecuária familiar, pois significam a ampliação da renda dos pequenos produtores.
São, portanto, ações que garantem o aumento sustentado da produção e da produtividade, a regularidade do abastecimento interno, a proteção dos recursos naturais e a redução das disparidades regionais. Com o que ampliaremos a renda do produtor, promovendo o desenvolvimento regional e combatendo a fome e a pobreza.
* Deputado Luiz Fernando Mainardi
* Secretário Estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócio
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