Falta de “papel” impede a realização de Eletrocardiogramas na Unidade de Saúde

Pacientes foram informados da impossibilidade de realização do exame na Unidade Básica de Saúde e procedimento precisou ser remarcado pelos atendentes

Falta de papel impediu a realização dos exames de eletrocardiograma, no início da manhã de sexta-feira, na Unidade Básica de Saúde

Parte dos pacientes que necessitaram fazer o chamado eletrocardiograma, exame que mede o registro da variação dos potenciais elétricos gerados pela atividade elétrica do coração, não pôde ser atendida, nessa semana. A falta de papel necessário para a impressão dos resultados da medição fez com que, pelo menos, dois pacientes tivessem que voltar para casa e aguardar uma nova oportunidade para realizar o exame e apresentar o resultado ao médico cardiologista. 

O papel… terminou 

Derrotados para o papel. Impotentes diante da situação, os funcionários responsáveis pelo atendimento no setor onde são realizados os eletrocardiogramas foram obrigados a informar os pacientes da situação adversa e anunciar que não seriam realizados exames, simplesmente porque tinha acabado o papel necessário para imprimir os resultados. Diante da situação, alguns pacientes acabaram se revoltando, uma vez que a falta de um insumo tão básico deixou sem resposta, para seus problemas de saúde, um grupo de pessoas. “O papel terminou hoje, mas já tínhamos avisado a Secretaria Municipal de Saúde desta situação, ao longo da semana. Cada rolo permite que sejam realizados cerca de 20 eletrocardiogramas, mas ficamos sem essa possibilidade, quando não recebemos o material que solicitamos. Diante da situação, nós telefonamos para muitos pacientes, que já estavam com o procedimento agendado, para remarcar. Felizmente, antes do fim da manhã, recebemos quatro novos rolos de papel para o eletrocardiograma e os exames tiveram continuidade”, relatou a coordenadora da Unidade de Básica de Saúde, Rossana Dutra Keiran.

Esta não foi a primeira vez que a falta de papel comprometeu a realização de exames, que são feitos diariamente na unidade. De acordo com a coordenadora, esta foi a segunda vez que tal evento aconteceu em um intervalo de trinta dias. “Em média, são realizados cerca de 250 eletrocardiogramas, todos os meses e, assim, é bastante alto o consumo de papel. Recebemos essas quatro unidades agora, que serão suficientes para apenas 80 exames, mas não sei responder se existe mais no almoxarifado da Secretaria de Saúde”, informou. 

Jornada sem solução 

Para o aposentado Leonel Machado, 51 anos, paciente que faz tratamento para problemas cardíacos, a manhã de sexta-feira foi completamente perdida. De acordo com a filha, Cristiane Machado, sua mãe havia telefonado pelo menos outras três vezes para o local, a fim de buscar informações sobre a possibilidade de fazer o exame e a disponibilidade de material. “Das outras vezes, sempre informavam para minha mãe que não tinha como fazer, porque não tinha horário ou faltava alguma coisa. Agora, justo no dia que minha mãe ligou antes, saiu de casa na vila Nova Livramento e atravessou a cidade para que meu pai pudesse fazer o exame, chegou lá e tiveram que voltar para casa, porque disseram que não tinha papel no equipamento que faz o eletrocardiograma. Há dias que tentávamos e não conseguíamos, e agora isso”, lamentou Cristiane Machado. A jovem não escondeu o seu desapontamento com a situação. “Ficamos muito tristes com a saúde pública desse jeito. Embora reconheça que algumas coisas estão sendo feitas. Mas esse fato não pode passar em branco”, salientou.

 

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