Falta de dinheiro na Prefeitura cancela evento A Paixão de Cristo

Pastor Miguel Machado confirmou, na manhã da Quinta-Feira Santa, a impossibilidade de realizar o espetáculo típico da Fronteira

Pastor Miguel Machado, da Metodista Wesleyana e presidente da Amel

O pastor Miguel Machado, da Igreja Metodista Wesleyana, confirmou, em visita à redação do jornal A Plateia, realizada na manhã de quinta-feira, que não será realizado o espetáculo A Paixão de Cristo. “Nós estávamos prontos, mas conversamos com o vice-prefeito Edu Olivera, com os secretários Denise e Canabarro, de Turismo e Cultura, em fevereiro, e decidimos não realizar. A prefeitura ficou de largar uma nota, um comunicado especial, com os motivos, mas isso não aconteceu. A Igreja é a realizadora, mas como o evento faz parte do calendário oficial do município, nós respeitamos. O município disse que iria tornar pública a decisão do cancelamento e, como não o fez, pela nossa responsabilidade com a comunidade e com a cidade, estamos informando que não haverá a encenação da Paixão de Cristo neste ano” – refere o pastor Miguel Machado, salientando que havia muito boa vontade do Prefeito, Vice e secretários, porém, a indisponibilidade de recursos inviabiliza qualquer tipo de investimento.

“Na verdade, nossa necessidade é significativa, pois além da parte estrutural, como sonorização, iluminação, palco e cenário, teríamos que renovar as peças do figurino dos atores, que são todos voluntários, mas havia uma disponibilidade orçamentária de R$ 5.000,00 prevista” – disse o pastor, entendendo que orçamento não significa recurso financeiro.

“Como verificamos que outros eventos, como o Carnaval, foi cancelado pela falta de recursos da Prefeitura, não seríamos nós a exigir” – refere o pastor, salientando que para que o espetáculo fosse realizado a contento, com telões, áudio qualificado, seria necessário um recurso financeiro de R$ 30 mil disponível.

De acordo com o religioso, ano passado, de forma precária em termos de energia e iluminação, o custo chegou a R$ 15.000,00.

“Decidimos, então, buscar esses recursos fora do município, visando um projeto maior, para o ano que vem. Houve empenho do município, ficamos todos entristecidos pela falta de recursos, por não poder cumprir com o que se previa, mas, agora, não ficaremos dependendo de dinheiro da Prefeitura, mesmo orçado, como estava esse recurso. Já mantive conversa com os ministros evangélicos da FEGAMI, em Porto Alegre, e a fim de evitar correr de última hora, vamos buscar recursos e planejar para o ano que vem, pois entendemos que nosso objetivo é propagar a palavra, mas o evento é da cidade, dos cidadãos, tendo potencial social, de mão de obra, de agregar renda, ocupação e transformar em um evento de turismo e desenvolvimento para a comunidade de Sant’Ana e Rivera” – concluiu o pastor Miguel Machado.

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