Ponderações

 

Se a crise econômica campeia por aí, é preciso estimular o consumo, etc. e tal, mas em uma economia de juros altos, o poder de consumo pode cair, ou não?

 

No dia a dia, e as donas e donos de casa podem confirmar, os preços dos produtos, mercadorias, bens e serviços estão aumentando. A inflação, na prática, voltou, mesmo que os números digam o contrário. Os juros, sejam de cheques especiais, de empréstimos ou da atualização das multas e correções, são altos. Qual o motivo disso? Como aumentar o consumo com preços subindo? Essas são perguntas que jamais calarão e, além das diversas explicações técnicas, há uma que por mais real que se apresente, confirma-se como incompreensível: o Brasil é o pais onde estão fixados os mais altos juros do planeta, onde o custo do dinheiro é muito alto, onde ainda há risco de inflação declarada por trás da estabilidade econômica, onde a volatilidade da economia prejudica o social.

 

Claro que com dinheiro mais barato, ou seja, juros mais baixos, seria mais ágil e rápido o crescimento econômico – dependendo de alguns elementos, inclusive de políticas setoriais, enfim. Claro que a presidente Dilma quer que os juros sejam mais baixos, quem sabe chegando ao mítico estabelecido pela Constituição: 1% ao mês (algo que, ao que se saiba, nunca deve ter ocorrido).

 

Há uma outra questão, além de tudo isso. Existe e é fato o que se poderia chamar de desgaste ou desvalorização do Real no que tange ao seu poder de compra. Basta fazer aquele velho comparativo: há um mês atrás o cidadão ia ao comércio e comprava, com determinada quantidade de moeda, determinada quantidade de produtos. Hoje, a mesma quantidade de produtos exige um pouco mais em quantidade de moeda. Basta fazer o comparativo, em qualquer casa comercial, e mesmo, vale anotar agora, para comparar daqui um mês.

 

Esse é o lado da economia real. E quem o enfrenta é o consumidor, o cidadão, sempre.

 

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