Dilma Rousseff

Gerusa Ramos Ibanez, 39 anos, nutricionista de Ananindeua (PA) – Há incentivos para que os agricultores produzam mais alimentos orgânicos, com preços mais acessíveis?
Presidenta Dilma – Sim, Gerusa, nós incentivamos o cultivo de alimentos orgânicos no Brasil. Em 2003, construimos o marco regulatório da produção orgânica nacional, definido pela Lei nº 10.831, e, em 2012, instituímos a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Decreto nº 7.794). Essa política prevê ações de pesquisa, assistência técnica, gestão ambiental, formação profissional, financiamento para o setor e estímulos à produção. Há um conselho interministerial responsável pela política, que conta com participação da sociedade civil e de entidades de agroecologia. Uma das iniciativas do governo é o pagamento de um adicional de 30% na compra de alimentos orgânicos pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), inclusive para utilização na merenda escolar. Além disso, o Pronaf Agroecologia financia projetos agroecológicos ou orgânicos de até R$ 130 mil com juros de até 2% ao ano. Lançamos também, em 2012, a campanha “Brasil Orgânico e Sustentável”, para estimular o consumo desses produtos. Atualmente, há 11.524 unidades de produção orgânica reconhecidas para venda direta ao consumidor. Gerusa, queremos que o Brasil avance ainda mais neste setor, garantindo alimentos cada vez mais saudáveis para a população.

Jerônimo Ramos Neto, 28 anos, advogado em Palmas (TO) – Nossas polícias estão capacitadas para atuar na Copa do Mundo?Presidenta Dilma –Jerônimo, a Polícia Federal e as polícias civis e militares dos estados e os policiais rodoviários federais e estaduais estão sendo capacitados para atuar na Copa de 2014 e nos demais eventos que o Brasil sediará, como os Jogos Olímpicos de 2016. Nosso objetivo é modernizar os equipamentos das nossas polícias e capacitar 50 mil policiais, bombeiros e outros profissionais de segurança pública, Receita Federal e Defesa Civil. Desde 2012, realizamos cursos em parceria com o governo dos Estados Unidos para formar multiplicadores, profissionais que treinarão outros servidores. Nossas Forças Armadas também participarão dessas ações, em conjunto com as instituições civis, como ocorreu na Rio +20, em 2012. Sabe, Jerônimo, nosso país já lida com segurança de grandes eventos todos os anos, como a festa de réveillon no Rio de Janeiro (RJ) e os carnavais nas grandes cidades, que recebem mais turistas do que o esperado para a Copa do Mundo. E nossos campeonatos de futebol reúnem todas as semanas milhares de pessoas em todo o país. E estaremos ainda mais preparados. Parte desses profissionais capacitados já atuará na Copa das Confederações, em junho, e na Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, em julho. Esse será um dos principais legados que os grandes eventos deixarão para o país: 50 mil profissionais bem preparados para garantir a segurança de quem vive aqui e dos milhões de turistas que visitam o Brasil todos os anos.

Jair Roberto Sampaio, 41 anos, autônomo de Salvador (BA) – Vejo vários tipos de fiscalização de rodovias, tanto eletrônica (os famigerados pardais) como de policiais. Acho válido, quero que o trânsito melhore, já perdi um grande amigo em um acidente. O que questiono é se essa fiscalização efetivamente ajuda a reduzir acidentes ou é apenas para que o governo arrecade em multas.
Presidenta Dilma – Jair, a fiscalização tem ajudado, sim, a reduzir o número de acidentes. Exemplo disto foi a Operação Carnaval 2013, quando as rodovias tiveram o menor índice de acidentes dos últimos dez anos, conforme levantamento da Polícia Rodoviária Federal. No feriado de Carnaval, houve redução de 17% no total de acidentes, de 24% no número de mortes e de 25% no total de feridos. Antes disso, a Operação Fim de Ano já havia proporcionado um decréscimo de 23,4% no número de acidentes em relação ao ano anterior. O principal objetivo da fiscalização é esse, poupar vidas e sofrimentos, e não arrecadar recursos. Por isto é que temos apostado muito em campanhas de conscientização, como o Pacto Nacional pela Redução de Acidentes – Parada pela Vida, que tem o objetivo de reduzir no mínimo em 50% os óbitos decorrentes dos acidentes de trânsito no país. Sabemos que a fiscalização é necessária, mas fundamental mesmo é a mudança de comportamento de todos, é a direção responsável e defensiva sempre. Convido você, Jair, e todos os brasileiros para aderirem a este pacto. Juntos podemos mudar essa realidade e preservar vidas!

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