Mototaxistas querem fiscalização

Reunião entre Sindimotos e autoridades policiais acontece hoje

A partir das 20h de hoje, na Sala Cultural, acontecerá uma reunião geral com todos os mototaxistas, brasileiros e uruguaios, que querem se regularizar. O encontro contará com a presença de autoridades da Brigada Militar, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria Municipal de Trânsito, Secretaria da Fazenda e Sindimotos, a fim de tratar da fiscalização a respeito da regulamentação da lei 12009/09. “Ressaltamos a importância do comparecimento de todos os mototaxistas cadastrados e não cadastrados”, afirmou Márcia Rodrigues da Silva, presidente do Sindicato dos Motociclistas e profissionais – Sindimotos.

Segundo ela, a reunião foi marcada pelo sindicato, com a intenção de informar a toda a categoria como serão os próximos passos relacionados à lei regulamentadora da profissão. “Inclusive, iremos tratar sobre a fiscalização da Brigada Militar e da Polícia Rodoviária Federal”, informou Márcia. Confira a entrevista, a seguir: 

Márcia Rodrigues, presidente do Sindimotos

ENTREVISTA

A Plateia: Por que a categoria não se regularizou até o momento?
Márcia: O processo de regularização cabe à Prefeitura Municipal, inclusive de chamamentos e prazos. A lei tinha sido prorrogada até o dia 4 desse mês, motivo pelo qual se esperou o prosseguimento das etapas.

A Plateia: O que o sindicato pretende expor na reunião?
Márcia: O sindicato, na verdade, está fazendo o papel de articulador junto à classe e aos órgãos públicos, no sentido de agilizar o contato com os mototaxistas, utilizando os contatos necessários para tanto, inclusive de reuni-los. Ademais, existe a possibilidade de multa, apreensão do veículo e registro de ocorrência policial por exercício ilegal da profissão, processo criminal, entenda-se, para quem descumprir a legislação. No sentido de resguardar direitos e informar os mototaxistas de suas obrigações foi que se pediu o encontro.

A Plateia: O que o sindicato pretende fazer ou sugerir para aqueles que continuarem na irregularidade?
Márcia: Ninguém está sendo excluído do processo, pelo contrário, esse chamamento é para os cadastrados e não cadastrados, pois as 274 vagas têm menos de 170 inscritos. Será que os profissionais não estão acreditando na vigência da lei?

“Estamos trabalhando para garantir o sustento de nossa família” 

Rosimeri Prudente é mototaxista há 8 anos

A mototaxista Rosimeri Prudente, 39 anos, está há 8 anos na profissão, e sua principal preocupação, atualmente, é com a fiscalização. “Estou realizando o curso como está mandando a lei. Só espero que a fiscalização exista”, afirmou a profissional. 

Segundo ela, o investimento com a adequação é alto, chegando ao valor de R$700,00. “O custo entre curso, placa, taxas e acessórios é alto, para que depois outros continuem trabalhando na ilegalidade. Concordo com a lei, mas a fiscalização deve existir”, defende-se Rosimeri.

Segundo ela, no dia a dia, percebe-se que a população se sentirá mais segura em utilizar o serviço de mototaxi com pessoal cadastrado. “As pessoas já comentaram que aprovam essa regulamentação e isso trará mais segurança na hora de pegar um mototaxi”, comentou.

Trabalhando em um ponto localizado na Avenida João Goulart, Rosimeri assegurou que seus colegas também estão realizando o curso e o consideram muito proveitoso. “É uma pena que existam profissionais que acreditam que não vai dar em nada essa lei. No entanto, a turma que está realizando o curso não está para brincadeira. São trabalhadores que têm que garantir o sustento de sua família”, finalizou.

Viviane Telles
viviane@jornalaplateia.com

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