Internacional Setentão!

O parque Internacional, ou praça, se assim preferirem deixar o hábito de tratar o cartão postal da Fronteira como parque, completará 70 anos em 26 de fevereiro. A comissão binacional de cultura, em conjunto com várias forças sociais, está engajada em um processo que tem a finalidade de propagar a história do setentão mais querido de santanenses e riverenses. Referência para turistas de outras plagas que aqui fazem a foto clássica com um pé no Brasil e o outro no Uruguai, o bom e velho Internacional está com aspecto rude, se é possível qualificar assim, para não utilizar outros adjetivos mais ásperos em relação ao estado de uma conservação praticamente inexistente. Talvez, de acordo com a dureza dos tempos de vacas magras do erário público. Talvez pelo desconhecimento. Quiçá pelo abandono. Vá saber. O que é sabido (e notório) refere à perspectiva de soluções, pois – como já exteriorizado em várias oportunidades anteriormente – Sant’Ana não precisa mais de paliativos ou reuniões, mas de soluções. Concretas, visíveis, duradouras, conscientes.

Solução?

Tem. Em outra oportunidade, nesta década, a fonte foi consertada e voltou a funcionar, o obelisco foi lavado, a grama foi cortada, o parque foi pintado, os bancos (aqueles clássicos de ferro e madeira que inauguraram a história, mas com o passar dos anos e a atuação vândala extinguiram-se) foram feitos de concreto – muitos dos quais hoje quebrados e despedaçados.

Há que se fazer. De novo.

Afinal, o parque é dos fronteiriços. Desnecessário seria constituir um libelo contando a história recente, pois – mesmo guardada na memória local em áreas profundas que, por vezes, beira o abismo do esquecimento – ela é fática.

Ora, se o parque é dos fronteiriços que eles se apropriem dele, para seu uso comum, com foco no lazer, entretenimento, contemplação até… saúde, com caminhadas ao seu redor ou pedaladas em seu interior.

A fonte outrora luminosa tinha águas dançantes. Tinha peixes. E tartarugas, também. Hoje, sequer água. As moitas eram esculturas verdes em forma de animais. Tinha dinossauros, girafas, etc…

Qual o motivo para não retomar tudo isso?

Será que é difícil aprender como se faz?

Enfim. O parque setentão precisa de sua gente. Hoje. Não amanhã. Nem no fim de 2013. Acudam-no. Que aniversário é esse que marca a antítese do desvelo desejável?

Sequer um abraço Sant’Ana e Rivera, por suas populações, podem lhe dar?

Inadmissível.

Que os holofotes concentrem-se nesse idoso referencial, oras!

A Fronteira não deseja acordar?

Iniciativas sejam tomadas. Que fim levaram os brios de nossa gente fronteiriça?

Uma delas, a realização de uma sessão solene, já foi solicitada pelo vereador progressista Carlos Nilo Coelho Pintos na Câmara municipal. Louvável, mas insuficiente ante a amplitude do significado do parque. E não é uma crítica ao legislador, muito pelo contrário.

Amplie-se.

Que seja uma sessão dos dois legislativos, a Câmara e a Junta Departamental, em simultâneo, na data que melhor aprouver. Que seja no recinto do parque Internacional, junto ao Monumento À Mãe, por exemplo.

A considerar, ideias são oferecidas para que as pessoas tenham a possibilidade de melhorá-las.

Aí está uma.

Que pode tornar-se um recomeço para nosso setentão.

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