Clubes sociais comentam diferenças nas festas
Alterações na segurança foram o diferencial neste carnaval
Clubes sociais da cidade tomaram medidas de segurança, de acordo com orientações do Corpo de Bombeiros
Desde que ocorreu a maior tragédia do estado do Rio Grande do Sul, que vitimou centenas de jovens no incêndio da boate Kiss, em Santa Maria, a preocupação com a segurança das casas noturnas e clubes sociais tornou-se o tema do momento em todo o País.
Após os clubes sociais da cidade terem sido vistoriados e recebido as orientações necessárias de um comitê de gestão criado especialmente para este fim, os bailes de carnaval tiveram um diferencial positivo em relação ao ano passado.
Segundo Luis Carlos da Silva, presidente do Clube Caixeiral, quem frequentou a festa, realizada na sede campestre do clube, sentiu-se seguro, uma vez que havia bastante pessoal responsável pela segurança do evento, inclusive capacitados, como eletricistas, hidráulicos, bombeiros – além da Polícia Rodoviária Federal, que estava fiscalizando a rodovia de acesso ao clube. “Percebi que o público aumentou em relação ao ano passado, o sócio adotou o carnaval na sede campestre e se sentiu seguro, inclusive, para beber e não dirigir após a festa, pois havia ônibus disponíveis para deslocar as pessoas até o centro da cidade”, destacou Luis, completando que na primeira e terceira noite de carnaval o público presente ultrapassou o número de 2500 pessoas.
Maria Aparecida Chaves Macedo, diretora social da Sociedade Recreativa Santa Rita, ressaltou que, para o tradicional pré-carnaval da entidade, realizado na quadra de esportes, foram feitos diversos procedimentos de segurança, inclusive vistoriados pelo Corpo de Bombeiros, que deram orientação para o uso de extintores, por exemplo. “Mais de mil pessoas compareceram à festa e puderam perceber todos os aparatos de segurança utilizados para que a festa transcorresse normalmente. Inclusive, contamos com o apoio da Polícia Rodoviária Federal e da Brigada Militar, o que foi muito importante”, declarou Maria Aparecida.
O secretário executivo do clube Cruzeiro do Sul, Marcelo Almeida, ressaltou que o clube tem sinalização visível de acordo com as orientações passadas pelo Corpo de Bombeiros. “Esse ano, as festas foram tranquilas, trabalhamos dentro do previsto, tomamos os cuidados relacionados à segurança, inclusive limitando o acesso do público, que não ultrapassou a média de 1200 pessoas no sábado e na segunda-feira”, afirmou. Segundo Almeida, o clube tem capacidade para abrigar 1349 pessoas.
O vice-presidente do Clube Recreativo Beneficente Industrial, Marcio Dias Gonçalves, relatou que, após receber as orientações do Corpo de Bombeiros, foram colocadas mais placas de sinalização relacionadas à segurança, além da distribuição de folders explicativos com a planta do prédio e as saídas de emergência do local, como já foi informado em reportagem no jornal A Plateia. Segundo Marcio, a equipe que trabalha na casa realizou curso para operar extintores. “Os bailes transcorreram de forma tranquila, percebemos que o pessoal se interessou, fez questão de pegar o nosso folder, se informar”, avaliou. Segundo o vice-presidente, o clube tem capacidade para abrigar mais de 1500 pessoas, mas durante os bailes o número não ultrapassou 500 indivíduos.
Jacson Pereira Fernandes, vice-presidente do Clube dos Cabos e Soldados, relatou que o número de pessoas nos bailes de carnaval aumentou em relação ao ano passado, mas, mesmo assim, o limite comportado pela estrutura do clube foi respeitado. “O Corpo de Bombeiros vistoriou e autorizou a realização de festas no local, ou seja, trabalhamos dentro das normas, como sempre. A única alteração realizada após a vistoria estava relacionada a um degrau existente na saída de emergência, que já foi solucionado no dia seguinte à visita”, assegurou o vice-presidente, completando a unanimidade dos responsáveis pela festa, que consideraram o carnaval 2013 um dos mais tranquilos dos últimos anos.
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