Falta de caixinha receptora, cão feroz e intempéries continuam sendo principais inimigos dos carteiros

Agência CDD de Livramento conta com aproximadamente 30 pessoas em seu efetivo

No dia de comemoração da profissão, carteiros contam como é a sua rotina

Faça chuva, faça sol, ele entrega cartas, mensagens e encomendas aos seus devidos destinatários, cumprindo um itinerário preestabelecido, depois de ordená-las rigorosamente. Também devolve ao remetente o que não pode ser entregue ou providencia o seu encaminhamento para o destino certo. O profissional que desempenha todas essas funções teve o dia de hoje dedicado somente a ele.

O carteiro, como é conhecido, cumpre diversas atividades durante o dia, além de ir às residências entregar as correspondências. Em Sant’Ana do Livramento, o efetivo trabalha oito horas por dia no Centro de Distribuição Domiciliária. Segundo o gerente Dilamar Vigil, ao todo, são 26 carteiros, que cumprem uma rotina diária que inicia às 7h15, quando é recebida a carga.

Durante a manhã, a carga é separada por distritos postais, e cada trabalhador fica responsável pela entrega em cada localidade. A demanda do CDD está dimensionada em 13 mil objetos entregues diariamente, em sua grande maioria contas e faturas de cartão de crédito. “As cartas escritas não chegam a 1% de nossa demanda”, destacou Dilamar.

João Fernandes é carteiro há um ano e meio e organizar as correspondências está entre suas funções

Nas regiões periféricas da cidade, os carteiros trabalham com veículos, geralmente motocicletas. Segundo o carteiro João Fernandes, 24 anos, os principais problemas enfrentados pelos profissionais estão relacionados à falta de caixinha para receber as correspondências nas residências, os cães soltos, muitas vezes ferozes, e as intempéries do dia a dia. Mas isso não é problema para João, que acredita que a profissão o escolheu. “Fiz o concurso pela estabilidade e pelas vantagens que a carreira tem. Passei e hoje estou muito feliz na função que exerço. O trabalho aqui é realmente muito bom”, explicou.

Segundo ele, a população geralmente é receptiva com os carteiros, mas mesmo assim, ele aproveitou a oportunidade para pedir a compreensão da comunidade no sentido de disponibilizar uma caixinha para as correspondências no portão de suas residências, uma vez que eles não estão autorizados a entrar nos pátios. “Pode ser algo simples, montado até com garrafa pet. Mas traria muito mais facilidade e segurança para nós, além de ter a certeza que a correspondência não será extraviada”, acrescentou.

De acordo com a portaria 311/98 do Ministério das Comunicações, quando da inexistência da caixa receptora em local de fácil acesso, a correspondência não deve ser entregue, retornando, assim, à agência dos correios.

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