Descarte consciente

Diversas empresas santanenses demonstram preocupação com a preservação do meio ambiente, disponibilizando caixas coletoras de lixo eletrônico

Após a matéria veiculada na edição de fim de semana do jornal A Plateia, que tratava sobre o correto descarte de medicamentos, os leitores sugeriram que fosse criada uma matéria informando o local correto de descarte de pilhas, baterias e outros materiais eletrônicos.

Buscando pela cidade, a reportagem encontrou algumas das muitas empresas que participam de programas de descarte consciente, disponibilizando, em suas lojas, a caixa coletora de lixo eletrônico, que depois é recolhido pela empresa especializada em dar um destino para esse tipo de material.

Caixa coletora existente nas lojas Walmart

Na cooperativa Unicred, há pelo menos quatro anos, a iniciativa tomou forma, com a sugestão da responsável pelos projetos socioambientais da instituição, Sandra Lemos Xavier, que propôs tal ação.

Desde então, são recebidos, da comunidade em geral, pilhas, baterias e demais materiais eletrônicos para que seja dado o destino correto. “Essa ação é importante para todos termos a consciência tranquila, de que descartamos corretamente esses materiais”, destacou Sandra.

Apesar do movimento não ter sido tão intenso neste início de ano, Sandra considera satisfatório o número de pessoas que comparecem para descartar o seu material, que pode ser recebido todos os dias, das 10h às 15h. 

Logística reversa 

Sintonizado às determinações da Política Nacional de Resíduos Sólidos, o Walmart tem evoluído nos últimos anos para o estabelecimento de um programa de logística reversa, que considere diferentes tipos de materiais e resíduos, entre eles, pilhas, baterias e celulares. Assim como todas as lojas da varejista no País, o Hipermercado BIG de Livramento conta com um ponto de descarte deste tipo de material, que fica à disposição dos clientes. Em 2011, a rede aperfeiçoou seus processos para garantir que 100% das suas lojas estivessem aptas a receber pilhas, baterias e celulares usados. Em um ano, foram coletadas mais de 11 toneladas em todo o Brasil. Todo o material é recolhido por uma empresa parceira e separado para destino apropriado. 

O empresário Daniel Gimenez

Ponto de coleta e reciclagem 

Atuando na Fronteira como um ponto de coleta e reciclagem de lixo eletrônico, a Alama Reciclagem do Brasil trabalha também contribuindo com a inclusão social da população, uma vez que recebe os catadores de material reciclável e dá atenção especial às necessidades destes trabalhadores, que contribuem com o meio ambiente e a biodiversidade.

Segundo o proprietário da empresa, Daniel Gimenez, todo o processo é realizado com 100% da água reciclada, que é reutilizada pelos 23 trabalhadores diretos e metade da energia utilizada no local é solar, graças ao painel existente no telhado da empresa para esse fim.

Parceria

A Alama já atua em parceria com diversas empresas, que realizam o descarte de seu lixo eletrônico diretamente no local, como a Justiça Federal, Hotel Jandaia, Unicred, Sicredi e, inclusive, a Receita Federal, que destina o material apreendido para reciclagem no local e os valores gerados nesse repasse são revertidos para o centro beneficente Maria Abegahir.

Sandra Xavier, da Unicred

A Alama utiliza os resíduos metais e plásticos para reciclagem e o restante é enviado para uma empresa da cidade de São Paulo. Já as lâmpadas fluorescentes, são enviadas para uma fábrica em Porto Alegre, que faz a separação dos gases que se encontram nesse produto.

Com o intenso trabalho desempenhado na empresa, a estimativa, segundo Daniel, é que o efetivo seja aumentado até o mês de junho. “Trabalhamos com 23 funcionários, em um turno somente. Até junho, deveremos aumentar para, no mínimo, 60 pessoas, para dar vencimento no trabalho”, estimou.

Com o plástico e metal reciclados, a empresa fabrica baldes, garrafas, sacolas e outros objetos, sempre com a ideia da sustentabilidade e preservação do meio ambiente.

A Alama Reciclagem do Brasil recebe:

Pilhas; Baterias; Lâmpadas fluorescentes; Celulares; Pneus; Papelão; Plástico.

Horário de recebimento: de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, e aos sábados, das 8h às 12h. 

Danos à saúde 

Os principais danos à saúde causados pelo descarte deste lixo eletrônico de forma inadequada são os provocados pelos seus componentes, como: Chumbo (ataca o sistema nervoso), Mercúrio (danos cerebrais e ao fígado), Cádmio (envelhecimento, danos aos ossos, rins e pulmões), Arsênico (doenças de pele, prejudica o sistema nervoso e pode causar câncer no pulmão) e Belírio (câncer de pulmão). 

Como Funciona 

Estima-se que, no Brasil, a produção anual de computadores gire em torno de 15 milhões de unidades e mais de 200 milhões de celulares. Esse volume torna-se resíduo eletrônico devido à obsolescência e ao rápido avanço da tecnologia. Os componentes desses equipamentos contêm metais pesados que são considerados altamente prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.

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