Dois médicos são presos durante operação da PRF
Operação teve um grande número de veículos e pessoas abordados e culminou com a prisão de dois médicos
Operação Cancun da Polícia Rodoviária Federal encerra com dois médicos presos por embriaguez
Os dois presos, um de Santa Maria e outro de Rivera, apresentavam dificuldade psicomotora, segundo informações da coordenação da operação
Polícia Rodoviária Federal encerrou, por volta das 8h de ontem, a operação apelidada de Cancun, nome dado à festa que acontece anualmente na sede campestre do Clube Caixeiral e que mobiliza milhares de santanense, sempre com grandes atrações nacionais.
No início da tarde de ontem, o Inspetor Chefe do Posto da Polícia Rodoviária Federal em Sant’Ana do Livramento, Régis Limana, informou os números da operação que reuniu um efetivo não divulgado pelo órgão e que estava atuando na cidade desde a manhã da última quinta-feira. Foram 114 notificações, o que perto dos anos anteriores, com um fluxo maior de veículos, certamente seria bem maior. Classifico os números desta operação como espetaculares, porque nos mostraram que as pessoas estão cada vez mais conscientes do seu papel no trânsito. Mesmo durante as abordagens, nos deparamos com inúmeros motoristas que agradeceram aos agentes após o término das revistas, porque entenderam que a nossa atuação visava justamente à segurança de todos”, afirmou Limana.
Segundo o Inspetor Chefe, das 114 notificações, 50% se deram em função da ausência de cinto de segurança, principalmente dos passageiros sentados nos bancos de trás, e as outras 50% foram por excesso de passageiros, ou pelo mau estado de conservação dos veículos. “Em 686 veículos fiscalizados, tivemos apenas 7 veículos retidos. O mais importante é que as pessoas colaboraram com a polícia, adotando a direção defensiva. Não tivemos problemas por excesso de velocidade. Não tivemos nenhum acidente em 24 horas, nenhuma vítima, nenhuma lesão, ou seja, todas as pessoas que saíram de casa para o Cancun retornaram com segurança. A operação durou toda a semana e pedimos à população que adotasse, preventivamente, cuidados redobrados e as pessoas entenderam. Não tivemos nenhuma notificação de ultrapassagem forçada ou condução perigosa. Ou seja, as pessoas tiveram, sim, uma conduta defensiva, porque sabiam que a polícia estava presente não para notificar, mas para colaborar. Agradecemos o apoio que a sociedade nos deu. Apesar de termos 686 veículos fiscalizados, a imensa maioria foi liberada”, afirmou Régis Limana. Dois presos
Das duas pessoas presas, nenhuma é natural de Sant’Ana do Livramento. Coincidentemente, os dois são médicos e apresentaram uma quantidade de álcool no sangue muito acima do permitido pela legislação.
De acordo com os dados repassados pelo coordenador da operação Cancun, um dos médicos reside na cidade Santa Maria e o outro em Rivera. Ambos foram encaminhados para a Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento e apresentavam alterações na capacidade psicomotora. “Apresentavam alteração na fala, dificuldade de equilíbrio e representavam risco para os demais condutores. O médico de Santa Maria estava saindo da cidade, e o médico de Rivera, sim, saía da sede campestre do Clube Caixeiral.
Dos dois presos, um deles se recusou a fazer o teste, e o outro apresentou aproximadamente 0,64% mililitros de álcool por litro de sangue, taxa aproximadamente seis vezes maior do que a permitida”, revelou Régis Limana.
Táxis
“Notamos que as pessoas utilizaram muitos táxis e víamos os veículos com muitas pessoas, ou seja, não tivemos problema de congestionamento. As pessoas optaram por deixar sempre o volante àqueles que não iriam beber, ou não bebem, para que a ida e o retorno se desse com mais segurança. Chamou a atenção das pessoas que exercem a atividade remunerada, pois estas trabalharam toda a noite”, afirmou.
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