Grupamento de Livramento em missão no Haiti é recebido com Honras Militares

Os 32 boinas azuis reencontraram seus familiares na noite de sexta-feira, após seis meses de serviço fora do País

Tenente coronel Marco Antonio Cagnoni, comandante do 7º RC Mec. "Uma missão importante para a estabilização do Haiti, conduzida pelas Nações Unidas-ONU é uma missão que procura levar, além da segurança, o conforto, e reorganizar a estrutura econômica e social, que praticamente inexiste naquele país. Diariamente, tínhamos meios para entrar em contato com o grupamento, caso fosse necessário, e apoiar os familiares aqui na cidade, mas com o recurso da internet eles mesmos mantinham este contato com seus familiares. Foi uma missão tranquila e sem alterações para os militares do 7º RCMec".

Tenente coronel Marco Antonio Cagnoni

O grupamento de militares do 7º Regimento de Cavalaria Mecanizado (RCMec), que estava em missão de Paz, no Haiti, foi recebido com “Honras Militares”, na noite de sexta–feira (9), em Sant’Ana do Livramento.

 

Os 32 boinas azuis foram aguardados na BR-158, no Posto da Polícia Rodoviária Federal e seguiram escoltados por uma guarnição do Exército Brasileiro, que percorreu a BR-158 até a avenida João Goulart, seguindo pela avenida Almirante Tamandaré e pela rua Treze de Maio, até o quartel no Cerro do Depósito.

Os militares saíram de Livramento no dia 25 de fevereiro e durante este período integraram o Esquadrão CMec de Fuzileiros Mecanizados da 3ª Brigada de Bagé, sob o comando do Major Queiroz, que ainda permanece em missão naquele país.

Na base militar montada em Porto Príncipe, os 26 santanenses atuaram na parte de ajuda humanitária aos atingidos pelo terremoto que abalou aquela população que passa por uma crise política.

Esta foi a primeira vez que um pelotão completo de uma unidade militar santanense foi enviado em missão de paz.

O grupamento em sua viagem de volta ao Brasil desembarcou inicialmente em Manaus e seguiu para Porto Alegre, onde ficou por cerca de cinco dias realizando avaliações de saúde e física, como prevê a ONU. A viagem de volta para a Fronteira da Paz iniciou por volta das 14h, em Porto Alegre e foi tranquila, motivada pelo sentimento de missão cumprida.

No aquartelamento, amigos e familiares aguardavam os bravos militares que trocaram as armas e equipamentos por abraços emocionados e declarações de alívio ao voltarem sãos e salvos para o aconchego de seus lares.

O Exército brasileiro está presente no Haiti desde 2004, quando a ONU enviou tropas para estabilizar o país, abalado por uma crise política. Após a emergência do terremoto, o Brasil reforçou sua presença no país, aumentando de 1,3 mil para 2,2 mil militares, mantendo-se como o protagonista das forças de paz internacionais. Com a catástrofe, o objetivo inicial de estabelecimento da ordem civil foi ampliada para a ajuda humanitária.

Segundo informações do Exército, os militares terão agora 15 dias de férias para se reintegrarem novamente à sociedade e ao convívio familiar. Durante este período, uma formatura será preparada para a troca da boina Azul da ONU, pela boina Preta, e o recebimento de demais honrarias militares.

Cabo Luis Fernando Pacheco Fernandes, com seu filho Luis Eduardo, de 4 anos, esposa Glinei e sogra Elza. "Primeiramente, quero agradecer a Deus por estar voltando com saúde para a família. Agradecer, também, pelos amigos que apoiaram; a missão foi muito boa. Voltamos dando valor às mínimas coisas, as quais não dávamos importância antes. A distância nos fez ver isso, e a pobreza que encontramos naquele lugar. Agora quero seguir em frente, dando mais valor à vida e à família. Nos proporcionaram comunicação completa para falar com a família e acompanhávamos as noticias da terra através de A Plateia"

Sargento Fabio Oliveira Azzolin, com a esposa Sandra Rodrigues e a filha Caterine, de cinco anos. "Na missão em si, conseguimos manter o propósito, que foi o de auxiliar no bem da população haitiana e na segurança. A saudade da família sempre tem, mas temos todo o tipo de comunicação disponível, como telefone e internet. Acabaram os seis meses e não via a hora de poder ver a família e matar a saudade da esposa e da minha filha. O povo haitiano é muito receptivo, vê muito bem a tropa brasileira e tem muito respeito pelo Brasil, assim como temos para com eles".

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3 Comentários

  1. sergio herculano

    valeu rapaziada boa. Parabens a tropa.

  2. angelo

    Parabéns a esses bravos brasileiros, que mais uma vez mostraram o quanto nosso pais é solidário,
    e depois de mais um dever cumprido um feliz retorno a todos!

  3. Marco Ullmann

    Fico daqui feliz ao ver, que os companheiros chegaram bem….graças a Deus!

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