Camacho avalia como positivos os resultados do rigor administrativo

Presidente Germano Camacho finda neste 31 sua gestão

Despedindo-se da presidência da Câmara de Vereadores neste 31 de dezembro, o vereador Germano Camacho Mendes (PTB), reeleito para novo mandato como parlamentar a partir de 2013, fez uma avaliação de sua gestão como ordenador de despesas do Poder. Rigor no controle financeiro, redução de cargos, ônus pessoal em função dessa postura foram alguns dos elementos que marcaram os últimos meses para Camacho, confirmando a idéia de que presidir a Câmara em ano eleitoral é muito difícil. Entretanto, a avaliação de Camacho é positiva, pois essa metodologia permitiu que as finanças fossem estabilizadas e com a equalização dos gastos, houvesse relativa sobra de dinheiro em caixa. Ele vai passar a presidência da Câmara a seu sucessor com o sistema administrativo financeiro reorganizado, abrangendo também as áreas estruturais e de funcionalidades. Camacho respondeu algumas perguntas sobre sua gestão.

A Plateia – Como caracteriza sua gestão a frente do Legislativo neste ano, que, segundo se sabe, por ser eleitoral, é mais complicado?
Camacho – Conduzir administrativamente a Câmara em ano eleitoral sempre tem um ônus, quase sempre de cunho político. Há ações que ficam limitadas por ocasião da lei eleitoral; o presidente não pode expor sua imagem para não ser confundido com favorecimento pessoal, e é justamente aí que há uma perda em relação aos demais pares. No entanto, é também a oportunidade para mostrar transparência e seriedade na administração, e esse foi o nosso objetivo neste ano atípico.

A Plateia – Quais foram as principais ações e os resultados?
Camacho – Dentre tantas ações que foram desenvolvidas nesta administração no Legislativo, poderíamos destacar o enxugamento do quadro de servidores CCs e estagiários, com uma redução de 20%, o que possibilitou uma economia significativa nas contas da Câmara. O corte, ainda que antipático, das horas extras, foi uma medida que trouxe satisfação para a opinião pública, pois era algo que precisava ser feito, e de fato foi. A regulamentação das diárias dos vereadores foi um marco para o controle de gastos dos legisladores, também significou economia aos cofres públicos. O encaminhamento para a realização de concurso público para alguns cargos na Câmara já era uma reivindicação tanto dos servidores quanto da própria população, e essa foi uma decisão que tomamos e que será ultimada neste próximo ano. O adiantamento de 10 parcelas ao SISPREM, possibilitando o pagamento dos inativos daquele órgão municipal foi uma ação política e administrativa tomada pela Mesa Diretora da Câmara, que beneficiou dezenas de servidores.

A Plateia – Quais foram as experiências adquiridas nesse ano como ordenador de despesas?
Camacho - Já tínhamos tido a experiência de conduzir o Legislativo no ano de 2005, quando tivemos nossas contas aprovadas por unanimidade no TCE. Desta vez, procuramos colocar em prática muito daquilo que vínhamos aprendendo nos anos anteriores, e o resultado foi extremamente positivo para todos.

A Plateia – Quais foram os principais focos de trabalho desenvolvidos na gestão?
Camacho – O foco principal desta gestão dirigiu-se à reorganização administrativa da Câmara, através de ações que permitiram o aperfeiçoamento técnico e profissional dos servidores de carreira, bem como o aproveitamento dos cargos em comissão em setores até então deficientes.

A Plateia – O êxito no comando da Câmara se deveu ao rigor no trato com o dinheiro público, inclusive cortando despesas que geraram reclamações. Isso trouxe prejuízo político?
Camacho – Sem dúvida que corte de despesa sempre gera descontentamento de alguns setores, mas se temos como objetivo o bem comum, indo ao encontro dos anseios da comunidade, o resultado sempre será positivo, mesmo havendo alguma defasagem política.

A Plateia – Como fica a Câmara, financeiramente, ao fim de 2012?
Camacho – A Câmara encerra o ano com as finanças estabilizadas e os compromissos, via de regra, cumpridos e em dia. Obtivemos um superávit financeiro por conta do uso criterioso do dinheiro público, respeitando a Lei e utilizando critérios de equidade em todos os gastos e despesas.

A Plateia – Haverá devolução de recursos para a prefeitura?
Camacho – A Criação do Fundo Financeiro, através de um projeto, permitiu que ao invés de se devolver simplesmente o dinheiro economizado para o município, se desse um destino específico a esses valores, que poderão ser utilizados na próxima gestão, para o reaparelhamento , modernização e reforma do ambiente físico do Legislativo.

A Plateia – Há dívidas pendentes? Se sim, quais são?
Camacho – As dívidas pendentes são pouquíssimas, há ações judiciais de anos anteriores, as quais foram motivo de acordo, e que deverão ser cumpridos não apenas por esta administração, mas também pela que nos sucede; os servidores receberam em dia, as indenizações dos servidores CCs exonerados também foram pagas, portanto nada significativo ficou pendente. Terminamos o ano dizendo que administramos com austeridade, transparência e equidade, e por isso mesmo obtivemos a aprovação da comunidade santanense.

Notícias Relacionadas

Os comentários são moderados. Para serem aceitos o cadastro do usuário deve estar completo. Não serão publicados textos ofensivos. A empresa jornalística não se responsabiliza pelas manifestações dos internautas.

Deixe uma resposta

Você deve estar Logando para postar um comentário.