PIB x PARTIDOS

Encerradas as eleições no Rio Grande do Sul, começa a ser desenhado o mapa do poder, resultante das prefeituras que foram conquistadas pelas siglas partidárias. O número de Prefeitos, Vice-Prefeitos e Vereadores eleitos, bem como os votos que cada legenda obteve, credencia os partidos para os próximos embates e já começam as conjecturas sobre as eleições governamentais que se realizarão em 2014. Neste contexto, é interessante a análise que alcança os 50 maiores municípios por seu Produto Interno Bruto (PIB), como forma de avaliar o desempenho partidário, a partir da economia expressada pelas riquezas produzidas. Ou seja, é a capacidade que os territórios mais ricos terão de influenciar no todo da política estadual. Nesta avaliação, aparecem o PT e o PDT alcançando quase 50% do desempenho eleitoral na zona da produção gaúcha. É significativo o resultado sem dúvidas, mas insuficiente para qualquer conclusão política definitiva. É claro que em tudo, desde o emprego até as ações do campo social, o econômico influencia e pode garantir prosperidade e bem-estar. Entretanto, são no total do Estado 497 municípios em regiões diversas. Desde aqueles com forte cultura local, pelas proximidades e influência de imigrantes, até os que possuem comarcas muito distantes umas das outras e com identidade e matizes culturais variadas. O que importa realmente é a capacidade de convencimento, estabelecer consensos e estimular a participação. Aí sim se poderá dizer, agregando o econômico, que o poder deste ou daquele partido será maior, com chances reais de contribuir decisivamente para a vitória no próximo pleito eleitoral ao governo do Estado. O fato de deter os maiores orçamentos nos municípios ainda não é garantia da gestão mais competente e qualitativa da vida da população. O povo quer que todas aquelas demandas que dizem respeito ao seu dia-a-dia mereçam atenção especial. A capacidade de fazer mais com menos, estabelecendo prioridades e dando efetividade no direcionamento da política pública é o que importa. Assim, pela boa gestão é que esta vantagem econômica poderá beneficiar os partidos dirigentes nas eleições futuras. Parece simples, mas prestar serviços públicos de qualidade, valorizar as atividades produtivas, induzir empregos e traduzir isto em receita adicional para o município é que podem consolidar a vantagem competitiva dos partidos. O tempo dirá, mas os caminhos estão abertos para fazer o melhor. Ocorre, por conseqüência, uma mudança substancial na apreciação política. A boa ambição não é mais a que traduz clientelismo ou particulariza conquistas, mas a que for capaz de gerar o progresso e o desenvolvimento.  

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