A chama que não se apaga percorre as ruas da cidade

Atividade irá acontecer durante todas as manhãs da Semana Farroupilha Internacional deste ano, e visa descentralizar a presença da Chama Crioula

Quatro cavaleiros fizeram a escolta da chama crioula na manhã de ontem, no trajeto percorrido entre o C.T.G. Princesa Isabel e o C.T.G. Crioulos da Fronteira

Uma inovação no modo como gaúchos e gaúchas celebram as atividades alusivas à Semana Farroupilha em Sant’Ana do Livramento. A chama itinerante, atividade que iniciou neste ano e que pretende descentralizar a exposição da Chama Croula, tem sido a grande atração das manhãs pelas ruas centrais da cidade. A cada novo deslocamento, sempre observada de perto por policiais militares que garantem a segurança de um dos símbolos mais importantes para os gaúchos, a Chama Crioula ontem percorreu mais um dos trajetos traçados para ela para todas esta semana. Por onde passa, carregada com orgulho e extremo cuidado por cavalheiros escolhidos criteriosamente dentro das entidades tradicionalistas da cidade, as pessoas aproveitam para tirar fotos, aplaudir, ou simplesmente contemplar a centelha da chama que nunca se apaga. 

Novidade 

A novidade havia sido anunciada pelo coordenador da Semana Farroupilha em Sant’Ana do Livramento, o tradicionalista Rui Rodrigues, que disse, em entrevista à Rádio RCC FM na última quinta-feira, que esta foi uma forma encontrada de deixar cada uma das entidades mais próximas da chama. Ainda de acordo com Rui, a ideia também é fazer com que a cidade inteira possa ser agraciada com a presença da Chama Crioula, uma vez que ao fazer o deslocamento de uma entidade para outra, cria a possibilidade de um número maior de pessoas estar perto do importante símbolo dos gaúchos.

A Chama 

Apesar de muitos acreditarem que o fogo ainda é remanescente da Revolução Farroupilha, datada de 1835, o símbolo da tradição da alma rio-grandense foi instituído, na verdade, em 1947, em Porto Alegre. O grupo, vestido a caráter, tirou uma centelha da Pira da Pátria, na Redenção, e levou-a até o Colégio Júlio de Castilhos. A partir daí, estava instaurada uma das maiores tradições da cultura do Rio Grande do Sul e que teve participação direta do folclorista santanense Paixão Cortes. 

O percurso 

Nesta terça-feira, a Chama Crioula, que ontem foi levada do C.TG. Princesa Isabel até o C.T.G. Crioulos da Fronteira, será novamente trasladada escoltada, por um grupo de cavaleiros que têm a missão de guardar o bem precioso dos gaúchos. Desta vez, a chama será levada até o P.T.G. Jaime Caetano Braun. 

Por Cleizer Maciel
cleizermaciel@jornalaplateia.com

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