Importância de se ler aos filhos

A criança que tem contato com literatura é estimulada na imaginação, criando cenários, personagens, histórias; estimulada para suas primeiras indagações; adquire cultura; desenvolve repertório; expande referências; amplia a comunicação, pode ter mais facilidade no domínio da escrita e gosto pelos futuros livros didáticos, suporte para o aprendizado escolar.
Os pais deveriam se preocupar em ler livros aos filhos desde bebezinhos, independente do trabalho que é desenvolvido nas pré-escolas.
Ler para seu filho que ainda não é alfabetizado, ajuda a aumentar o vínculo familiar, ao tratar-se de uma experiência compartilhada. Os pais estarão passando uma mensagem às suas crianças que ler é uma coisa legal, e pode ser um lazer familiar.
Se estimulados a fazer essa relação que, não só a boneca, o escorregador, o carrinho ou bloquinho de montar são bacanas, mas um livrinho pode ser também, isso ajudará que no futuro a criança permaneça como leitor assíduo.
Hoje em dia, o mercado editorial possui publicações para crianças desde a mais tenra idade. Para bebês, por exemplo, existem uns de pano que se assemelham a almofadas, onde podem aprender o ritual de virar a página; assim como receberão estímulos de tato, audição, visão e olfato. E na sequência, livros para todas as idades, com ilustrações, alto-relevo, e recursos que os assemelham aos brinquedos, os tornando mais atrativos.
Em família, fizemos a “hora do conto”, algumas vezes por semana. Minha filha escolhe um livrinho, lemos, interpretando vozes, mudando entonações, assim todos participam da “brincadeira”. Ainda fizemos perguntas para auxiliar a interatividade, para que ela crie uma continuação para a história ou insira personagens diferentes. Isso possibilita uma nova experiência com a mesma publicação, a cada leitura, e desenvolve a criatividade e imaginação.
Quando um filho passa a se interessar pelo mágico mundo da literatura, todo pai pode ter certeza que está no caminho certo. Se ao entrar numa livraria, a reação dele é como se estivesse numa loja de brinquedos, ou ainda pedir para lermos mais um livrinho, nos sentiremos inseridos nesse faz-de-conta. Na admirável ‘Terra das Letras’, que nos permite construir um reino soberano, partilhado com quem mais amamos.

*Ana Cecília Romeu
*Publicitária e escritora

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1 Comentário

  1. Luciana Santa RIta

    Oi Ana,

    Parabéns pela análise! Uma grande fragilidade da família moderna é substituir a  leitura ou contar estórias pela TV.  Tal conduta implica em um menor interesse pelos livros em uma idade que, naturalmente, seria determinante a referência.

    Percebo que muitos pais também não possuem hábitos de leitura o que implica em ausência de referências. Li uma reportagem no site do Uol essa semana que falava  que 41% dos docentes de escolas afirman ler ao menos um livro por mês, 34% deles eventualmente lêem e 25% não costumam ler. Então é utopia transferir a responsabilidade para a escola porque o professor só repete.

    Tenho um filho e hoje com 10 anos ele já não deseja que eu realize a leitura em conjunto, mas sinto saudade dos velhos tempos em que a leitura não era imposta, mas era um prazer a dois.

    Luciana

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