Programa Mulheres Mil inscreve candidatas santanenses no CRAS

O salão de atividades do CRAS do Armour recebeu cerca de quarenta mulheres, que foram buscar informações a respeito do programa e se inscrever para uma das vinte vagas ofertadas 

Alcione Maschio, coordenadora do Programa Mulheres Mil em Sant’Ana do Livramento

Mulheres Mil. Esse é o nome do programa que mobilizou cerca de quarenta candidatas a uma das vinte vagas que serão ofertadas a partir de setembro, no projeto que visa apresentar para as mulheres santanenses, principalmente aquelas em situação de vulnerabilidade social, condições de qualificação e preparação, tanto para enfrentar os desafios do cotidiano, quanto as exigências do mercado de trabalho, que requer cada vez mais mão de obra qualificada.

O salão principal do CRAS – Centro de Referência e Assistência Social, localizado no bairro Armour, ficou praticamente lotado com mulheres dispostas a conhecer um pouco mais do projeto. “Demos o primeiro passo, que era identificar uma comunidade e apresentar o projeto. Agora, vamos fazer as inscrições e esperar pelas avaliações feitas pelas assistentes sociais da Prefeitura. Dentro da forma como trabalhamos, acredito que o retorno que as mulheres que vieram até o CRAS para buscar informações e fazer a sua inscrição para uma das vagas, é, sim, muito positivo. Nossos parceiros foram muito importantes para que pudéssemos chegar nesse dia e ver as pessoas que vão fazer o curso. A expectativa inicial de termos vinte alunas está superada, e agora é aguardar e ver como será avaliação para que possamos montar a primeira turma e começar”, afirmou Alessandro de Souza Lima.

Para a coordenadora de pesquisa, ensino e extensão do IFSul – Insituto Federal Sul Rio-grandense, campus avançado de Sant’Ana do Livramento, e coordenadora do projeto Mulheres Mil, Alcione Maschio, a procura das candidatas superou as expectativas. “Sabemos que hoje em dia muitos cursos são oferecidos às mulheres em diversos setores, até mesmo por instituições privadas. Assim, as mulheres ficam pensando que não vão poder usar os diplomas. O Programa Mulheres Mil busca uma nova metodologia, na qual irá fazer uma costura entre o mundo do trabalho, as necessidades da mulher, e o que nós poderemos fazer através do Instituto em termos de qualificação. Os cursos ofertados serão de acordo com os anseios das mulheres”, afirmou Alcione, ao explicar que as mulheres deverão passar ainda por um núcleo comum com aulas de matemática, legislação e outras práticas. 

Cerca de quarenta mulheres fizeram a inscrição para concorrer a uma das vinte vagas que são oferecidas pelo programa na cidade

O programa 

O Mulheres Mil está inserido no conjunto de prioridades das políticas públicas do Governo do Brasil, especialmente nos eixos promoção da equidade, igualdade

entre sexos, combate à violência contra mulher e acesso à educação.

O programa também contribuiu para o alcance das Metas do Milênio, promulgada pela ONU em 2000 e aprovada por 191 países. Entre as metas estabelecidas, estão a erradicação da extrema pobreza e da fome, promoção da igualdade entre os sexos e autonomia das mulheres e garantia da sustentabilidade ambiental.

Integrado a essas prioridades, o Mulheres Mil tem como objetivo promover até 2010 a

formação profissional e tecnológica de cerca de mil mulheres desfavorecidas das regiões Nordeste e Norte.

A meta é garantir o acesso à educação profissional e à elevação da escolaridade, de acordo com as necessidades educacionais de cada comunidade e a vocação econômica das regiões.

Estruturado em três eixos – educação, cidadania e desenvolvimento sustentável – o programa possibilitará a inclusão social, por meio da oferta de formação focada na autonomia e na criação de alternativas para a inserção no mundo do trabalho, para que essas mulheres consigam melhorar a qualidade de suas vidas e das de suas comunidades.

“Era exatamente o que eu imaginava. Espero que seja de grande proveito para mim e para minha família. Esta é uma oportunidade que temos de aprender algo mais e aplicar na vida. Enxergo que essa é uma porta nova que se abre e nos dá oportunidade de vislumbrar ganhos maiores no futuro e melhorar as condições das nossas famílias. O projeto vem em boa hora e tanto eu, quanto as demais mulheres que aqui vieram, encontraram as informações e fizeram a inscrição, têm os mesmos desejos e querem ocupar cada vez mais espaços no mercado de trabalho”.

Luciana Rodrigues Machado, 37 anos

 

 

 

Cleizer Maciel
cleizermaciel@jornalaplateia.com 

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