Fruta na matriz produtiva

A fruticultura representa um importante e significativo setor que pode, aliado a outros – como a horticultura – ser um carro chefe na mudança tão almejada para a economia de Sant’Ana do Livramento. Claro, é preciso aprender essa lógica e aceitá-la como verdadeira, a fim de estimular iniciativas nesses segmentos. Se por um lado é inadmissível que se permita a perda de produção de frutas, caindo dos pés e apodrecendo no chão pela falta de dinheiro para contratar gente para colher; por outro é uma saída o associativismo entre as pessoas, visando o crescimento conjunto.

No aspecto empresarial é possível investir e o setor também aponta um caminho para quem deseja recursos visando investir em seu negócio. Óbvio, a crise é intensa, sua força arrocha as pessoas, rouba-lhes a autoestima, a vontade, provoca as mais diversas situações negativas , entretanto, há solução. Sempre há.

Mas é preciso compreender que uma coisa é a crise econômica, instituída a partir de não geração de postos de trabalho, outra é a crise íntima. Uma é pior do que a outra e a última, por derradeira, é responsável pela primeira, pois entrava a vontade, o querer, o acreditar, o sonhar. As dificuldades, em absolutamente todos os segmentos, são conhecidas e, mais do que isso, propaladas; o negativismo é um instituto, um ente que paira sobre a realidade local. Mas, é preciso fazer algo para provocar a derrocadas das duas crises, do contrário, é a rendição.

Iniciativas são plausíveis e possíveis. É preciso entender que elas dependem especialmente do pensamento e, via de regra, este empurra a atitude, a qual, decisivamente gera a ação.

Nesta linha de raciocínio, como o diabo não é tão feio quanto os arautos do apocalipse enfocam, como diz o ditado, há que se reconhecer as dificuldades, mas jamais permitir que ela subordine. Sempre é possível fazer alguma coisa. Vale à pena pensar nisso e, talvez, com o pensamento – primeiro dos grandes entraves – sendo modificado, olhando para a fruticultura, para a horticultura, para as iniciativas de pequeno porte, com outros olhos, seja possível debelar todo o estado de coisas atual, pois finalmente Sant’Ana terá entendido que é possível sair da crise.

É interessante falar a esse respeito agora, quando muitos – candidatos à prefeitura e à vereança, a menos de dois meses antes da eleição estão falando – para que depois de 7 de outubro seja possível, justamente, cobrar deles.

Uma comprovação real de que é possível é o investimento feito em laranjas na região do Ibicui, por fruticultores que, em associação, obtiveram metade do packing house – terão que investir, é verdade – para que possam proporcionar produto de qualidade.

Recorde-se da pera, cujo trabalho realizado pela Embrapa não teve sequência. Lembre-se do pêssego, que realiza festa regional itinerante. Uvas, já consolidadas para vinhos e também para sucos. Há, ainda, figos, tangerinas, limões – de diversas variedades -, além de morangos e mogangos, as nozes, entre uma infinidade de outras possibilidades.

Lembre-se também que agosto já se esvai e, com ele, o inverno. Mas, isso não é importante. O que realmente importa é o que virá em setembro, não em termos produtivos ou de culturas, mas de compromisso com o segmento frutícola. Será quando estarão mais acirrados os debates eleitorais entre os seis candidatos à prefeitura.

Afinal, 7 de outubro está pertinho. É bom sempre ressaltar.

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