O desempenho dos candidatos

O dia seguinte ao debate desenvolvido no estúdio da rádio RCC FM foi de comentários, análises, avaliações, seja intrapartidariamente e pelas comissões que formam as coordenações de campanha, seja por parte dos cidadãos em geral, pelas ruas da cidade, nos bate-papos informais, nas conversas cotidianas e, mesmo, no mundo virtual. O ponto tratado, além das palavras ouvidas, diz respeito ao desempenho: postura, palavreado, estilo de falar, forma de colocar as questões, entre outros elementos, que são essencialmente pessoais, individuais de cada um dos seis postulantes ao palácio Moysés Vianna.
O nível beirou as margens do esperado, com a urbanidade que merece a cidadania, mas, obviamente, cada um dos candidatos à prefeitura tinha como tarefa transparecer, em posicionamentos e ideias, mais do que o outro. É uma lógica. Esse é o propósito, associado ao convencimento.
Os argumentos mais fortes fazem parte do conjunto de elementos da campanha política e, ao mesmo tempo, servem como estratégia individual, e o fato é que o desempenho dos candidatos não pode ser medido cientificamente. O peso e o valor são atribuíveis, conforme a convicção e o entendimento de cada um. Daí dizer que fulano foi melhor que cicrano é temerário, eis que a prudência é recomendada, pois, óbvio, o voto define, na prática, quem foi melhor, e é esse o conceito que precisa ser assimilado.
O fato é que uma campanha propositiva – que seria o desejável, para que todos os santanenses soubessem que, de fato, o eleito vai cumprir com aquela proposta que apresentou quando candidato é, talvez, a mais difícil de realizar, pois há todos os perfis de público entre os eleitores, nas infinitas combinações e variáveis. Há os que adoram o folclorismo do “grita mais do que o outro”, há quem prefira o ponderado, assim como existe aquele que é partidário, ortodoxo e votará com seu partido, independentemente do candidato. Da mesma forma, há quem não se convence com nada do que foi dito pelos prefeituráveis.
Mesmo “ponteando” – como diz o gaúcho, é evidente que existe possibilidade de não ganhar, assim como é também possível que o último chegue primeiro. Possibilidade, conforme já definido, significa que o campo da hipótese, do pode ser (e não significa que seja, concretamente) é o elemento central em relação aos acontecimentos que, efetivamente, tornem-se materializados.
Analisar o desempenho de cada um dos postulantes à cadeira de Wainer Machado é também fazer, transparentemente, um aporte na primeira linha de apostas em todas as realizações que são desejáveis, mas, nem sempre possíveis. Do contrário, a sociedade exalaria a perfeição e os entendimentos seriam em mesma sintonia, gerando uma monotonia que a própria democracia jamais conseguiria digerir.
De fato, a campanha iniciou argumentativamente agora, propositivamente agora, pois a maior propagação das ideias permite que cada um dos cidadãos comece a vivenciar o pleito. Claro, o desejável é que isso tivesse acontecido lá no início da campanha política, porém, sabida e notoriamente não é assim.
O ponto que fica é que, pós-debate na RCC FM, o desempenho de cada um dos seis candidatos à prefeitura deverá registrar uma outra etapa, outra obviedade – especialmente no que tange ao entendimento das pessoas que acompanharam as mais de quatro horas de troca de ideias.
Resta agora esperar pelo desempenho do eleitor.
Mas para avaliar esse, somente em 7 de outubro.

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