PRF também paralisa as atividades no País, por tempo indeterminado
Segundo estas informações do Sinprf, esta é a primeira greve nacional da categoria em 80 anos de corporação
Até o início da noite de ontem (13), a 11ª Delegacia Regional da Polícia Rodoviária Federal, com sede em Livramento, não havia sido comunicada oficialmente sobre a deflagração da greve nacional dos policiais rodoviários federais.
Mesmo assim, o inspetor-chefe da DPRF, Valmir de Souza do Espírito Santo, estava atendo às informações públicas no Estado, que destacavam que agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) decidiram em assembleia realizada ontem, na sede do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais do Rio Grande do Sul (Sinprf/RS), em Porto Alegre, paralisar as atividades por tempo indeterminado.
Segundo estas informações, esta é a primeira greve nacional da categoria em 80 anos de corporação.
Os integrantes do Sinprf-Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais continuavam reunidos para discutir as questões operacionais do movimento.
O presidente do Sinprf, Francisco Von Kossel, adiantou que greve vai acarretar em redução de 70% no efetivo, com o cumprimento dos 30% na Lei de Greve e prioridade restrita a casos de emergência.
O inspetor-chefe Valmir disse, ainda, que na região, devido ao número limitado de policiais, seria díficil manter a margem dos 30%, prevista nesta situação, já que o policiamento da PRF é sempre feito em duplas. “Não temos gente suficiente e praticamente vamos ter que manter todo o efetivo dos postos, apenas o que for extra, neste caso ficaria de fora do serviço diário”, destacou.
Segundo a entidade, o baixo número de investimentos e de efetivo na área da segurança das estradas é a principal reclamação da corporação. “O número de veículos e a malha viária aumentaram consideravelmente, mas não foram feitos investimentos em contratação de mais policiais e em infraestutura. Estamos prevendo um colapso da segurança do trânsito para grandes eventos como a Copa e a Olimpíada”, acrescentou Francisco Von Kossel.
Outra reinvidicação se refere ao desvio de funções dentro da corporação e às condições de trabalho. Segundo o presidente do Sindiprf, a PRF não tem um quadro próprio de servidores administrativos e alguns policiais trabalham até na manutenção de viaturas. Francisco Von Kossel ainda classificou como insuficiente a nomeação dos 750 novos policiais rodoviários anunciada na última sexta-feira pelo governo federal. Destes, 80 reforçarão o efetivo no Estado. Segundo Von Kossel, o Rio Grande do Sul soma 685 policiais rodoviários federais. O ideal seria um efetivo de 1.576, conforme estudo da Superintendência da PRF.