Severiano da Fonseca, irmão do proclamador da República, e Marechal Mallet, um normando no Exército Brasileiro

Duas vias ocultas do centro da cidade levam o nome de grandes militares da história

Livramento é, sem dúvida alguma, parte integrante da história gaúcha, e até brasileira, de muitos confllitos armados ocorridos no passado e que envolveram, quase sempre, brasileiros, uruguaios e paraguaios. Dentro de tantas batalhas, muitos heróis repousaram sobre esta terra, para traçar planos, táticas de batalha ou mesmo defender nossa Fronteira. Se hoje vivemos em paz, foi porque no passado, muitos heróis deram seu sangue, sua vida, para defender esta terra. E em justas homenagens, foram eternizados, através de seus nomes, em ruas e avenidas da cidade. Também foram lembrados em prédios públicos e não com menos galhardia, em CTG’s, como ocorre com nossos heróis farroupilhas. Nossos dois personagens de hoje, Severiano da Fonseca e Marechal Mallet, têm essa ligação direta com essa história. Vamos conhecer um poucos mais destas duas homenagens. 

Severiano da Fonseca

Alagoano de nascimento, era irmão do Marechal Deodoro da Fonseca, o proclamador da República. Formado em medicina no ano de 1860, ingressou pouco depois no corpo de saúde do Imperial Exército Brasileiro. Tomou parte na Campanha do Uruguai e na Guerra do Paraguai, onde muito se distinguiu, sendo citado em várias ordens do dia, pois “era tão pontual, tão bravo e tão entusiasmado, como os oficiais combatentes que mais o fossem”. Nascido em 27 de março de 1836, na antiga província de Alagoas, faleceu no Rio de Janeiro, a 7 de novembro de 1897. Soldado e cientista, seu nome foi escolhido em 1940, para patrono do Serviço de Saúde do Exército Brasileiro.

Marechal Mallet

Pelo decreto número 22 de 11 de outubro de 1938, a via que parte da linha divisória e vai até a avenida Saldanha da Gama, proximidades do Hipódromo do Prado, foi denominada de Avenida Marechal Mallet. Descendente de antiga família de fidalgos normandos, Emílio Mallet nasceu em Dunquerque, em 1801. Possuindo decidida vocação para a carreira das armas, ingressou na escola militar da França, de onde veio para o Brasil em 1818. Empolgou-se de tal forma pela causa de nossa emancipação política que Dom Pedro I convidou-o a ingressar no Exército Brasileiro, no ano de 1822.

Tomou parte saliente na Batalha do Passo do Rosário, fez a campanha do Estado Oriental do Uruguai e a Guerra do Paraguai, participando nas ações de Estero Bellaco. Estabelecendo Humaitá, Itororó, Avaí, Lomas Valentinas e outras. Exerceu por duas vezes o Comando da Fronteira de Quaraí e Sant’Ana do Livramento, sendo agraciado em 1878, com o título nobiliárquico de Barão do Itapevi, promovido a Marechal de Campo em 1879. Faleceu aos 85 anos de idade, no Rio de Janeiro, no dia 2 de janeiro de 1886.

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