Fogo às margens da linha férrea assustou moradores das áreas próximas na tarde de ontem

Duas unidades do Corpo de Bombeiros de Sant’Ana do Livramento precisaram se deslocar até o local para controlar as chamas, que ameaçavam chegar até as residências, em uma área com grande concentração de moradores

Galhos de árvore e baldes com água retirada do Arroio Maragato foram as armas dos moradores que ajudaram no combate às chamas

Um grande susto. Essa foi a melhor definição encontrada pelos moradores da Avenida Saldanha da Gama, especialmente aqueles cujas residências estão posicionadas de costas para a estação férrea de Sant’Ana do Livramento, e para moradores da localidade conhecida como Beco do Lavador, nas imediações da Praça Artigas.

A combinação entre pasto seco, provocado pelas intensas geadas nas últimas semanas, temperatura beirando os 20°C, e imprudência, resultou em um incêndio que demorou a ser controlado pelo Corpo de Bombeiros e pelos moradores da região. Boa parte da área localizada entre a Estação e o pátio das residências foi consumida pelas chamas, causando preocupação e fazendo com que um grande número de pessoas da comunidade acabasse se envolvendo para ajudar a controlar as chamas. Duas unidades do Corpo de Bombeiros foram acionadas e iniciaram o combate às chamas, ainda pela avenida Saldanha da Gama, local apontado como aquele onde teria iniciado o primeiro foco.

A tarde ventosa de ontem colaborou para que as chamas rapidamente se alastrassem, causando apreensão nos moradores, que começaram também a enfrentá-las, com galhos de árvores e baldes de água. “Ficamos todos muito preocupados. Se o fogo encontrasse uma forma de ficar mais alto e chegar até a copa das árvores que se encontram logo acima do arroio Maragato, certamente não apenas uma, mas diversas residências poderiam ter sido atingidas. Teríamos uma tragédia sem precedentes”, disse o morador, que preferiu não se identificar. Ele afirmou que não são raras as vezes que as pessoas cruzam pelo interior da Estação férrea, mais próximas da cerca que divide os trilhos dos limites de pátio das casas, e jogam cigarros acesos, fazendo com que novos incêndios ocorram.

De acordo com informações repassadas no local pelo Corpo de Bombeiros, as ocorrências de fogo em campo, mais comuns no verão, também se tornaram comuns neste inverno, em função do pasto seco pelas geadas.

Solidariedade, rapidez e união de moradores e bombeiros para vencer as chamas
Moradores das áreas próximas à Estação Férrea aliaram-se aos soldados do Corpo de Bombeiros para  combater o fogo

Moradores e bombeiros lutaram juntos para controlar as chamas que ameaçavam chegar até as residências

Foram horas de tensão, apreensão, angústia e medo por parte dos moradores, que assistiram atordoados o surgimento, cada vez mais rápido, das chamas que se esparramavam e se aproximavam das residências, empurradas pela força dos ventos que sopravam a uma velocidade média de 19Km/h, no início da tarde de ontem, na região central da cidade. Por volta das 14h, o Corpo de Bombeiros foi acionado para atuar em uma ocorrência de incêndio em campo, sendo necessária a união entre moradores e soldados.

Como resultado, uma vitória sobre as chamas, que foi comemorada pelos moradores da região da Estação Ferroviária, já que estes foram obrigados a proteger suas residências combatendo com baldes de água, boa parte retirada do arroio Maragato, e galhos de árvores. Na ação, moradores e soldados atuaram juntos, sob a coordenação da experiência militar dos homens que estão acostumados a combater, e a vencer o fogo. O incêndio só foi controlado por volta das 15h.

 

 

 

 

 

Cleizer Maciel
cleizermaciel@jornalaplateia.com 

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