Sem vacinas, cidade está pronta para tratar possíveis casos de gripe H1N1

Não existem doses da vacina preventiva na cidade, somente para crianças que devem receber a segunda dose

A enfermeira Rejane Moraes Rodrigues, da Coordenação da Vigilância Epidemiológica

Findas as doses de vacina contra a gripe H1N1, resta agora torcer para que casos da gripe não sejam identificados na cidade. Mas se isso ocorrer, Livramento está preparada para combater de frente casos da gripe, com o medicamento indicado para tal procedimento, o Tamiflu.

Segundo a enfermeira Rejane de Moraes, da coordenação da vigilância epidemiológica na cidade, há o medicamento em estoque e, se forem identificados casos, o paciente poderá receber o medicamento, via prescrição médica, diretamente no CHS – Centro Hospitalar Santanense, Santa Casa e Unimed. “A gente segue a orientação da vigilância em saúde do Estado. Agora não procedemos mais como a maneira anterior, em que precisávamos confirmar todos os casos. Em casos de suspeita da gripe, o médico que atender o paciente pode receitar o medicamento específico, o Tamiflu. Só de posse da receita médica é que a pessoa vai até o local de retirada do mesmo. Os pontos de entrega seriam a farmácia da secretaria, de segunda a sexta, das 7h às 13h30 e fora deste horário, com qualquer receituário, mesmo sem ser do SUS, porém em duas vias, a pessoa pode retirar o medicamento nos hospitais da cidade e também na Unimed. Este medicamento é distribuído de forma gratuita”, destaca Rejane. O tratamento para combater a gripe, dura cinco dias com duas doses diárias. Cada paciente recebe medicamento suficiente para fazer o tratamento, na dose exata. Crianças e adultos têm dosagem diferentes de medicamento, que só devem ser administradas com rigorosa orientação médica.

Exames de confirmação só serão feitos em pessoas internadas, em unidades de tratamento intensivo. “Se aparecer um caso suspeito em ambulatório ou pronto-socorro, não é feita mais a coleta de amostras para análise. Sabemos que o vírus anda por aí, não é mais questão de saber se há casos, pois eles estão espalhados pelo Estado. Nós vivemos em um local que tem um agravante, pois recebemos todos os fins de semana milhares de turistas vindos de todos os lugares do Estado e até de fora. Enfim, o vírus vai andar aí e tem que haver precaução. Mas no momento não tivemos casos”, completa Rejane.

Ela orienta que as pessoas devem manter os hábitos de prevenção, como lavar as mãos com água e sabão (depois de tossir ou espirrar, depois de usar o banheiro, antes de comer, antes de tocar os olhos, boca e nariz). Evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies; usar lenço de papel descartável; proteger com lenços a boca e nariz ao tossir ou espirrar; orientar para que o doente evite sair de casa enquanto estiver em período de transmissão da doença (até 5 cinco dias após o início dos sintomas); evitar aglomerações e ambientes fechados (deve-se manter os ambientes ventilados). É importante que o ambiente doméstico seja arejado e receba a luz solar, pois isso ajuda a eliminar os possíveis agentes das infecções respiratórias. Restrição do ambiente de trabalho para evitar disseminação, e hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, ingestão de líquidos e atividade física. Nos postos de saúde da cidade, existem doses somente para as crianças que devem receber a imunização em duas doses, e levando em conta as crianças que receberam a primeira dose, foram reservadas as doses para a segunda fase da vacinação dos mesmos.

Nova vacinação

Mais 100 mil doses da vacina contra a gripe A H1N1 devem chegar ao Rio Grande do Sul nos próximos dias, além das 500 mil (divididas em em dois lotes de 250 mil) já repassadas pelo Ministério da Saúde.

Secretaria da Saúde do RS garante tratamento para casos de gripe H1N1

O secretário de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul, Ciro Simoni, garantiu ao presidente da Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs), Ary Vanazzi, que não faltará medicamento para o tratamento da gripe H1N1. Em reunião na tarde de segunda-feira (9), Simoni esclareceu que não há vacinas suficientes para todos os gaúchos, mas o antiviral Oseltamivir (de nome comercial Tamiflu) está disponível para distribuição gratuita em todo o Estado. O secretário informou ainda que cerca de 25% da população está vacinada. “Não vai faltar medicação. O que devemos fazer é tranquilizar e orientar as pessoas a buscarem atendimento médico aos primeiros sintomas da gripe. A melhor arma é o tratamento”, destacou Simoni. “Saímos da reunião com a tarefa de tranquilizar a população e orientar a procurar tratamento. Não é necessário vacinar quem não está nos grupos de risco”, declarou Vanazzi. O presidente da entidade disse que a Federação cumpriu o seu papel e entendeu a estratégia do Estado para combater a doença. A Famurs vai ajudar as prefeituras na orientação à população. Para Vanazzi, as prefeituras devem ajudar a orientar as comunidades.

De acordo com a secretaria, a recomendação é de procurar a unidade de saúde mais próxima ao se manifestarem os sintomas (febre, dor de garganta e nas articulações, musculares ou de cabeça). O tratamento pode ser prescrito tanto por médicos do Sistema Único de Saúde (SUS), quanto particulares.

A reunião entre prefeitos e a secretaria foi motivada após a aprovação de uma moção proposta pelo prefeito de Quinze de Novembro, Clair Tomé Kuhn, solicitando ao Estado vacinas suficientes para imunizar toda a população gaúcha. O documento foi elaborado na última sexta-feira (6) pelos participantes do 32º Congresso de Municípios do Rio Grande do Sul, realizado entre 4 e 6 de julho, em Canela. Vanazzi disse que a preocupação maior é em relação ao Noroeste do Estado devido ao maior número de casos registrados.

LEONARDO SILVEIRA

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