Hoje tudo acaba em pizza!

Criada há mais de 6 mil anos, a pizza está no gosto de nove entre dez brasileiros

Se existe um prato que é quase unanimidade na preferência dos brasileiros é a pizza. Apesar de ser associada aos italianos, não foram eles que a inventaram.

Diz a história que a primeira pizza apareceu há mais de 6 mil anos e era apenas uma fina camada de massa conhecida como “pão de Abrahão”, que os hebreus e egípcios consumiam. Nessa época, era chamada de “piscea”, daí o nome pizza.

Os italianos, milhares de anos depois, incrementaram a pizza com o tomate, e ela era consumida dobrada ao meio, como se fosse um sanduíche. Sua disseminação aconteceu durante a segunda metade do séc. XIX, e chegou aos EUA, assim como ao Brasil, por intermédio dos imigrantes italianos. Por muito tempo, só se encontravam pizzarias nos redutos e colônias italianas. Hoje, essa famosa delícia está em qualquer lugar das cidades.

Devido ao grande amor que os paulistanos têm pelas pizzas, em 1985, Caio Luís de Carvalho – Secretário de Turismo – promoveu um concurso para decidir qual seria a melhor pizza da cidade. O concurso aconteceu no dia 10 de julho e, desde então, a data foi marcada como o Dia da Pizza.

Tradicional durante o ano inteiro, a pizza se encontra em diversos restaurantes e bares de Livramento, cujos proprietários contaram um pouquinho de sua história no ramo.

Trabalhando desde 1999 no ramo, Tia Dália, como é conhecida, formou uma microempresa com este mesmo nome, comercializando pizzas prontas para aquecer em casa. Atualmente, essa opção ainda se mantém, mas o cliente também pode levá-la quentinha, se quiser. Com preço variando entre R$14,00 e R$16,00, durante o fim de semana é que são vendidas mais pizzas: “Chegamos a vender de 300 a 400 pizzas por fim de semana”, conta Tia Dália. O sabor mais vendido é o strogonoff de frango, embora existam diversos outros sabores à disposição.

Washington Branca veio direto de Montevideo e abriu o Pizzas Branca em Rivera. Porém, trabalha no ramo há mais de 20 anos. Segundo o proprietário, para fazer o diferencial entre as outras pizzarias, investe em produtos de qualidade, utilizando a melhor farinha, bem como o queijo mussarela. Como é tradição no Uruguai, a pizza é vendida em porções, nos mais variados sabores. O mais vendido é o de mussarela com abacaxi e presunto. “Desde sempre a pizza teve grande aceitação por parte do público”, observa Branca. Embora às terças-feiras o Pizzas Branca não abra, hoje, em homenagem ao Dia da Pizza, o expediente será normal.

Há 20 anos no ramo, o proprietário da pizzaria Il Gatto, Claudio Fialho, conta que trouxe de Porto Alegre o empreendimento. Atualmente, o empresário serve as delícias no modo a La carte, nos tamanhos brotinho, pequeno, médio e grande, em 30 sabores, doces e salgados. Os sabores mais vendidos, segundo ele, são os tradicionais. “Os sabores que têm mais saída são quatro queijos, calabresa, suprema e portuguesa”, conta. Geralmente, os dias de maior movimento compreendem o fim de semana.

Qual é a origem da típica expressão brasileira “Tudo acabou em pizza”?

Reza a lenda que a origem remonta à década de 50, e envolve os diretores da Sociedade Esportiva Palmeiras, time criado pela colônia italiana paulistana. Certo dia, após calorosa discussão envolvendo os diretores do clube, todos acabaram indo parar em uma pizzaria. Muitos cálices de vinho e fatias de pizza depois, os envolvidos na briga acabaram por deixar a confusão para trás, sem maiores consequências. Provém daí o significado popular da expressão “acabar em pizza”: algo que parte do nada e não chega a lugar algum.

 

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