Surgem vagas para deficientes físicos
Instituto Pró-Cidadania oferece vagas de trabalho em Sant’Ana do Livramento
O Instituto Pró-Cidadania de Desenvolvimento e Capacitação para Pessoas Especiais – IPC – é uma organização não governamental e sem fins lucrativos, que tem por objetivo maior qualificar pessoas com deficiência (seja essa deficiência física, visual, auditiva, mental ou múltipla) e promover sua integração ao mercado de trabalho.
De acordo com Sandra Regina Carvalho Boschilia, do Departamento de Projetos Sociais do IPC, estão disponíveis mais de 30 vagas de trabalho em Sant’Ana do Livramento. “São oportunidades para todas as pessoas com deficiência. Não há limite de idade nem de escolaridade”, explica ela.
As pessoas interessadas podem encaminhar seu currículo para sandra@ipcpe.org.br ou ligar para Sandra (11) 3272-9496.
Realidade
De acordo com o presidente em exercício da Assandef (Associação Santanense de Deficientes Físicos), José Ivo Corrêa Alves, a maior dificuldade para a inserção dos deficientes no mercado de trabalho é a locomoção, principalmente dos cadeirantes. “O problema maior é o deslocamento até o local de trabalho, o acesso é a principal barreira”, diz.
Patricia do Rosário Gonçalves, também presidente da entidade, explica que oportunidades de emprego aparecem, pois existe uma lei que obriga empresas a designarem 10% das vagas para deficientes. Mas nem sempre essas vagas podem ser preenchidas: “As empresas procuram pessoas com deficiências pouco acentuadas, além de exigirem qualificação. Quem possui deficiência mais brusca, geralmente não é selecionado pelas limitações que possui”, ressalta ela.
Segundo José Ivo, o ideal seria que as empresas explicassem que tipo de deficientes podem ocupar as vagas, uma vez que em locais com escadas, por exemplo, cadeirantes não podem trabalhar.
Além disso, eles destacam que a falta de transporte público adequado é outro grande problema dos cadeirantes: “Sem transporte público o deficiente não tem como sair de casa, nem para trabalhar, nem para ir à fisioterapia”, exemplifica Patricia, que, como a maioria dos cadeirantes, utiliza táxi para deslocar-se pela cidade.