Dia de palestras na XIV Semana Municipal da Pessoa com Deficiência

“Acessibilidade e inclusão” foi o tema central dos debates de ontem

Diversas entidades se fizeram presentes nas palestras ocorridas na manhã de ontem

No segundo dia de atividades da XIV Semana Municipal da Pessoa com Deficiência, que está sendo promovida pelo Conselho Municipal das Pessoas com Deficiência de Livramento – Comdef, os destaques foram as duas palestras realizadas no salão da Escola Santa Teresa de Jesus, que junto à Prefeitura Municipal de Livramento, 19ª Coordenadoria Regional de Educação, Secretaria de Assistência Social e Secretaria de Administração, são os apoiadores desta atividade.

Na primeira palestra, o engenheiro civil da Seplan e professor, Miguel Moreira, debateu o tema Acessibilidade. Ele afirmou em suas declarações que as entidades representativas que buscam esta conquista têm uma ideia geral, mas não têm um projeto específico, existe apenas um plano inicial. Conforme suas palavras, falta uma estrutura de lei que dite as regras para que seja aplicada e cobrada a questão da acessibilidade. “Você não pode jogar um jogo sem antes criar as regras, nós não temos esta conbinação, não organizamos isto, existe a ideia geral. Isso nós temos que fazer, esse é o nosso serviço, por isso todos os conselhos que estão presentes aqui foram criados, porque o legislativo não dá uma resposta à altura para a sociedade. Os conselhos fazem um pouquinho do Legislativo, propondo as leis, faz um pouco do Executivo até porque cobra contas e fiscaliza a aplicação de recursos. Um conselho só não faz nada dentro do Judiciário, mas dentro dos dois outros poderes ele já criou alguma responsabilidade”, destaca.

Acessibilidade

Pereira destacou que o tema Acessibilidade teria que passar batido em grupos de discussão. O novo tema a ser debatido deveria ser “acesso universal”, falar em construções que são acessíveis a todas as pessoas.

Ele destaca que as edificações têm que ser pensadas levando em conta as pessoas que estão com a mobilidade reduzida, com problemas temporários, ou mesmo para cadeirantes que têm um problema permanente. “Temos que levar em conta uma pessoa que vai passar alguns meses nesta condição, como uma gestante ou mesmo uma pessoa com uma lesão em uma das pernas ou uma pessoa que vai passar os próximos 20 anos da vida em uma cadeira de rodas, pois já chegou aos 80 anos de idade e se viver até os 100 anos dependerá da cadeira para se deslocar de um local para outro. Então devemos ter um local que respeite a sua condição de idoso. Isso deve ocorrer da mesma maneira que uma mãe desloca o seu carrinho de bebê, isso é mais que acessibilidade, isso é acesso universal”, completa o palestrante, manifestando a nova diretriz dos trabalhos.

Prédios

Colocando rampas e construindo banheiros adaptados para deficientes não é a maneira correta de se chegar à solução para a questão, segundo a visão do palestrante. Em relação aos prédios que têm valor histórico e são utilizados por repartições públicas, deve haver um estudo prévio para que se opte pela melhor solução, que não mexa na estrutura do prédio. “Se não for possível adaptar o prédio para que receba todas as pessoas, independentemente da sua condição física, podemos chegar ao ponto de sugerir a troca de local, uma vez que não há condições de funcionar no local um serviço público. O local tem que oferecer a todos, indistintamente, acesso aos serviços”, finaliza o palestrante.

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