Mulheres na Liderança

Presidido pela francesa Véronique Morali, o Fórum das Mulheres é uma entidade mundial de discussão sobre temas socioeconômicos e os desafios das mulheres para emergir nas atividades profissionais. Realizado uma vez por ano em alguma parte do mundo, o encontro agora acontece no Brasil pelo novo dinamismo da economia e o fato de ter a presidenta do país mulher. Entre as cerca de 400 pessoas representando mais de 70 países que se reuniram no início desta semana em São Paulo estão as brasileiras Maria da Graça Foster, Presidenta da Petrobrás, Marina Silva, ex-Ministra do Meio Ambiente e Martha Rocha, Chefe da Polícia do Rio de Janeiro. É importante ressaltar que não é um evento feminista e que a composição de palestrantes inclui também personalidades masculinas. Por razões culturais e sociais o Brasil passa a ser referência em temas como o da participação das mulheres no mercado profissional e na sociedade. Mas especialmente por ser um país jovem e com experiência multicultural única. É evidente a vontade das mulheres em participarem, serem incluídas, melhor remuneradas e ocuparem postos de liderança. Entretanto, ainda é muito forte a preponderância masculina em todas as áreas. Em vários países foram sancionadas leis sobre a igualdade profissional e as diferenças salariais entre homens e mulheres, mas de precária aplicação. Ainda existem poucas mulheres participando de funções mais qualificadas e de decisão. Por outro lado, nos momentos de crise são as mais visadas para demissões. Ocorre também uma tendência na criação de cotas para mulheres nos diversos espaços públicos e privados. Não será evidentemente pelos regulamentos ou outras imposições que a plena ascensão das mulheres ocorrerá, mas pelo contínuo avanço de todo um processo social e cultural. Neste sentido, tornar público o depoimento de personalidades femininas que ocupam ou ocuparam papel de destaque em todos os setores de atividade conta muito. Da mesma forma, divulgar aquelas situações em que a discriminação e o preconceito são marcantes, também contribui para qualificar o processo de discussão. No Brasil, sem dúvidas, com um novo direcionamento, a política pública de gênero já é referência do Governo Federal. Com a criação de espaços públicos para mulheres e conseqüente desdobramento nos Estados, muito se tem avançado. De outra parte, várias possibilidades de inclusão do sexo feminino como beneficiárias de programas sociais do governo federal têm se traduzido em oportunidades para mulheres de baixa renda ou miseráveis, mais distantes desta realidade anunciada. Verdade é que se trata de um bom debate, de grande atualidade local e global e que impõe a todos nós a sensibilidade para contribuir.

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