Bebidas quentes para o inverno rigoroso

Vendedores já começaram a perceber o aumento no consumo com a chegada das baixas temperaturas

O chocolate quente de Paulo Roberto é sucesso de vendas nas ruas de Livramento

Nada de sucos ou sanduíches naturais. O que alimenta lojistas, vendedores e pessoas que circulam pelas ruas do centro da cidade são os lanches rápidos de inverno, como o café, chocolate quente, pastel e outras iguarias. E esses têm sido os produtos comercializados pelos vendedores ambulantes que circulam diariamente pelas ruas de Livramento e Rivera.

Paulo Roberto Rodrigues tem 32 anos e já é conhecido no centro da cidade pela venda de chocolate quente, cafezinho e pastel. Circulando pela manhã e tarde pelas ruas de Livramento, Paulo Roberto conta que o chocolate quente é o carro-chefe de suas vendas.

“O chocolate quente é o que apetece mais os clientes em todos os invernos”, aponta.

Tendo como principais clientes os vendedores de lojas da linha divisória, ele conta que trabalha melhor no turno da tarde, porém, não sabe explicar o motivo. Paulo Roberto conta que no verão vende sanduíche e sucos variados, e no inverno, o que reina é o chocolate quente.

Atualmente, ele tem vendido, em média, 15 litros por dia de chocolate quente. “Mas quando o inverno chegar de vez, as vendas vão aumentar. Lembro que no inverno passado eu vendia entre 30 e 36 litros de chocolate quente por dia”, prevê Paulo Roberto, que conta com a ajuda da esposa na confecção dos lanches para garantir o sustento dos três filhos.

A informalidade para vencer a adversidade

Mazurkevich Rodriguez

Mazurkevich Rodriguez, 46 anos, vende lanche desde os 17. No inverno, ele conta que vende seus pastéis em maior quantidade, pois as baixas temperaturas fazem as pessoas comerem mais. Caminhando por toda cidade, o vendedor ambulante contabiliza cerca de 150 pastéis vendidos por dia. Para vender, Mazurkevich considera importante o lanche ser bem feito, manter a higiene e conservar a temperatura dos alimentos.

Mas a vida do vendedor não é tão simples assim: juntamente com sua esposa, Mazurkevich trabalha para sustentar seus três filhos, um deles, inclusive, internado no hospital de Montevidéu, vítima de leucemia. “Trabalho para garantir o respaldo em casa, tem que ir levando, ter bons fregueses para garantir o lucro. É melhor do que nada”, conta.

Depois que a doença de seu filho foi descoberta, Mazurkevich pediu ajuda a um empresário da cidade, dono de um supermercado, que lhe cedeu um carrinho para que pudesse aumentar sua produção e poder arcar com os gastos do tratamento do filho. “Com este carrinho, posso carregar mais produtos e poder vender mais”, completa.

 

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