MST retém veículos na sede regional da SDR e impasse entrava as negociações

Integrantes do MST e assentados querem resposta do Estado para suas reivindicações

Até o fechamento desta edição, permanecia um impasse e seguia a negociação: não havia definição sobre as reivindicações. Essa era a situação, pouco antes das 18h30 de ontem.

Os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e assentados em Livramento cumpriram mais um dia de protestos e realizaram, durante a manhã, bloqueios na rodovia BR 158, em intervalos regulares.

São em torno de 100 pessoas acampadas no interior da sede da Coordenadoria Regional da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo.

Na parte da tarde, uma nova reunião, com participação de representantes das lideranças regionais, da Prefeitura Municipal, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do governo estadual, não chegou a um resultado conclusivo.

Ao fim da manhã, os manifestantes decidiram bloquear o acesso às instalações da Coordenadoria Regional, mantendo os veículos dos representantes da pasta, provenientes de Porto Alegre, do Incra e da Prefeitura no interior das instalações.

Manifestantes bloquearam e mantêm sob controle o acesso à sede regional da Coordenadoria da SDR

Representando o prefeito Wainer Machado, o secretário geral de governo, Sérgio Aragon, até o fim da tarde de ontem esperava pela liberação de seu veículo particular, que usara para se deslocar até o local da reunião.

“De nossa parte, já disponibilizamos o possível. A Prefeitura tem 13 pessoas qualificadas para operar os maquinários, sete deles já cedidos para o Incra. Não temos como disponibilizar ou contratar mais gente. Se o Estado tiver essa possibilidade, a Prefeitura se propõe a oferecer o treinamento” – disse Aragon.

Os manifestantes querem operadores (há carência de 19) para as máquinas de recuperação de estradas e abertura de poços e bebedouros.

“De nossa parte, do Município, está tranquilo, mas realmente existe o sucateamento do equipamento do Incra. Segundo informaram na reunião em 2010, o orçamento foi de R$ 12 milhões para o Rio Grande do Sul e este ano, pelo que foi informado, é de R$ 2 milhões” – disse ele.

Negociação iniciada na terça teve continuidade ontem, entre MST e representantes da capital gaúcha

No decorrer da tarde, os representantes estaduais informaram que diante da situação poderiam suspender as negociações.

Carla Cardoso, da coordenadoria regional do MST, reiterou ontem que os participantes da manifestação manterão a ocupação sob qualquer circunstância, até que sejam atendidas as reivindicações. Segundo ela, há falta de água potável, além de água para os animais, em pelo menos 28 assentamentos em Livramento e, além disso, as condições de trafegabilidade das estradas são péssimas, sendo essas as duas reivindicações básicas dos manifestantes.

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