QUEDA NOS JUROS

Já era tempo da atividade empreendedora e dos consumidores em geral serem beneficiados por uma expressiva queda nos juros. Fruto de uma política macroeconômica que vem direcionando os juros para um patamar inferior a dois dígitos, com a finalidade de estimular a atividade produtiva e manter o crescimento econômico, é necessário que as instituições financeiras também se ajustem a esta nova referência. Não é possível que continuemos com os juros mais elevados do planeta atraindo todo o movimento especulativo global e os nossos bancos com ganhos extraordinários gerando uma diferença entre os recursos captados e os aplicados muito superior a outras instituições financeiras internacionais. Portanto, com o direcionamento governamental de forçar a queda nos juros a partir do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal está sendo sinalizado para todo o mercado que este patamar é uma nova referência. Efetivamente, para fazer sentido, todas as linhas de crédito tem de passar por esta influencia, mesmo aquelas que até bem pouco tinham o caráter de subsídio ou expressavam juros negativos. Queremos nos referir até mesmo aquele volume de recursos direcionado para a atividade primária que alcançam a agricultura familiar e a agricultura empresarial. Apenas para exemplificar, quando ocorre um movimento geral como o presente de redução das taxas, se impõe que também este crédito especial seja abonado sob pena da sua finalidade ficar fora do propósito de estimular a produção. Esta na verdade é a dimensão que estamos todos a nos referir quando ocorre uma sinalização como a presente. Os juros na sua integralidade devem ser reduzidos e a consequência deve se traduzir no incremento da atividade econômica. Esta iniciativa vem em bom momento, porque o Brasil passa a ter um novo papel na comunidade internacional. A moeda valorizada, ativos estratégicos como alimentos, recursos naturais, água e sustentabilidade que tem muito valor, crescimento econômico diferenciado e atração de investimentos de toda natureza. Isto nos faz protagonistas e um dos países líderes do mundo. Com efeito, esta nova realidade força as instituições financeiras a se adaptarem para manter suas “fatias de mercado”, pois os clientes poderão optar por taxas de juros menores que em um primeiro momento estarão sendo oferecidas por bancos estatais. Caso as instituições privadas não sigam uma linha semelhante podem ter reduções significativas em suas carteiras de clientes e consequentemente em suas receitas. A chamada “portabilidade”, a migração de uma instituição para outra com taxas mais baixas sem custo extra, vai estimular um comportamento no sistema financeiro nacional, baseado na livre concorrência, que poderá ser a gêneses de um novo perfil nas operações financeiras no Brasil. Sem dúvida os principais beneficiados desta taxa menor são os consumidores que passam a ter novas e menos onerosas opções. Para aproveitarmos efetivamente esta realidade devemos ter um ambiente político, econômico e social também diferenciado. A nossa democracia que se fortalece é pilar importante porque também dá segurança para aqueles que vem aqui negociar. Garante ainda os direitos da cidadania e fortalece a inclusão dos menos favorecidos. As nossas políticas públicas direcionadas para quem mais precisa, na atualidade são referência internacional e a economia a partir da queda dos juros consolida uma política econômica bem sucedida.

 

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