Repórter na Escola: Prosepa, um programa que sociabiliza os jovens

O Programa Social Educativo de Profissionalização ao Adolescente, da Brigada Militar (PROSEPA), iniciou suas atividades em 1998. Atualmente, conta com vários parceiros, entre eles o Instituto Cultural Santanense, que possibilita aos meninos e meninas pertencentes ao programa, aulas de inglês, com o professor Hector Picanci; a Unimed Região da fronteira, que há anos tem tido uma responsabilidade permanente com o programa; e a escola de Profissionalização Exattus, que há 3 anos vem oferecendo cursos de capacitação em informática e auxiliar administrativo gratuitos.

Algumas mudanças aconteceram em relação aos participantes. A partir do ano de 2006, passaram a ser aceitas meninas no programa, e não apenas meninos menores infratores. Os critérios de seleção passaram, então, a serem outros, e os jovens da comunidade fazem sua inscrição para depois serem avaliados. Hoje, são 25 alunos, sendo 15 meninos e 10 meninas, com idades entre 13 e 16 anos.

As atividades do Prosepa são desenvolvidas de segunda a sexta-feira, das 14h às 18h30. A programação abrange reforço escolar, esporte e lazer, uma vez na semana, aula de informática, atividades culturais e artísticas, hierarquia e disciplina militar, ética, cidadania, prevenção contra as drogas – duas vezes por semana – aulas de inglês com conteúdo pré-estabelecido, com avaliações periódicas e ainda com grandes possibilidades de bolsas com estudos mais avançados no Instituto Cultural Santanense.

O Prosepa tem como monitores e coordenadores o sargento Sílvio Wunsch Garim, o soldado Silvano Wunsch Garim e a soldado Mariza Fontoura, todos buscando o melhor para seus alunos, com o objetivo de formar adolescentes com uma visão projetada para o futuro. Os monitores, sempre com muito amor, carinho e respeito para tratar com o grupo, acreditam na capacidade que o jovem tem para se adaptar às normas de convivência e ainda ser uma pessoa íntegra, com defeitos e qualidades, buscando neste grupo desenvolver a consciência e a responsabilidade pelos seus atos. Assim, mais que um programa que capacita os jovens, ele é, sem dúvida, uma escola de vida.

“As pessoas não são carentes apenas de alimento, são muito carentes de afeto”, relata Mariza Fontoura.

Os jovens, quando completam 16 ou 17 anos, são orientados pelos coordenadores a fazerem um outro curso de capacitação, ou são encaminhados ao mercado de trabalho. O ex- aluno Cid Moreira diz: “Saí do Prosepa e fui encaminhado ao curso Santana para me preparar para o ENEM. Hoje, estou cursando a faculdade de direito na Urcamp”.

Portanto, o Prosepa contribui com ações de inclusão social no mercado de trabalho, possibilitando ao jovem um emprego, porque, de fato, seu currículo será diferenciado dos outros adolescentes. Enquanto há meninos e meninas passeando no centro ou jogando futebol, o grupo de meninos e meninas do Prosepa, todas as tardes, está se capacitando, estudando, pois os jovens de hoje são o futuro da nossa cidade amanhã.

“Sinto muita saudade do Prosepa, porém, temos que dar lugar a outra pessoa, para que ela aprenda tanto quanto eu aprendi”, relata Alice da Silva Cabreira.

A grande maioria dos pais desses alunos notam uma grande melhoria no comportamento de seus filhos, dizem que eles agora têm mais responsabilidade com os estudos. O programa abre as portas para esses adolescentes, possibilitando um enorme aprendizado, não só nas aulas teóricas, mas também fazendo com que eles se preocupem com o futuro.

Nome do aluno: Edna Tauane da Silva Camacho
Idade: 16 anos
Série: 3°ano do E.M.
Escola: E.E.E.M. Nossa Senhora do Livramento.

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