Cães assassinos
Na praia do Cassino, faz uns vinte anos, vi uma cena incrível: Um sujeito de quase dois metros, gordo, de bicicleta, sem pedalar, sendo puxado por um minúsculo pitbull. Aquele cãozinho vinha puxando cerca de vinte ou trinta vezes o seu próprio peso. E não dava sinais de cansaço.
Agora os casos se multiplicam envolvendo ataques, até mortais, desses cães a seres humanos, sem que nenhuma lei se aplique, efetivamente, para obrigatoriamente dotá-los de focinheira.
Na avenida Sarandi é comum vermos pitbuls soltos ao lado de seus donos. Por sorte não ocorreu nenhum caso de ataque a pessoas. Mas eu pessoalmente vi um ataque de um pitbul na Avenida Sarandi contra outro cão. Foi terrível. O Pitbul abocanhou a garganta do outro cachorro e não largou mais. E durante mais de vinte minutos várias pessoas se envolveram em tentar separar o cão assassino do outro cão que já estava sangrando e quase desfalecendo e que certamente acabou morrendo em função da mordedura, porque era um cão de rua.
De lá pra cá várias mortes já se registraram, devido a cães que atacaram seus próprios donos ou familiares. E os pitbuls continuam soltos. Um dia desses vi um deles na praça General Osório, sem coleira nem focinheira e sem ninguém por perto que aparentasse ser o dono. Depois vi uma camioneta com placas de fora da cidade, cabine dupla, e um casal, que o recolheram. Devia ser um cão adestrado. Mas não podemos facilitar um cão com essas características do pitbul, solto na rua e sem focinheira.
Enquanto os nossos legisladores e as nossas autoridades não tomarem providências, estaremos à mercê de mais um assassino em potencial, o que torna os logradouros e as praças locais extremamente perigosos para quem quer se distrair, passear ou tomar um mate.
Luciano Machado