Brigada Militar já prendeu um suspeito e continua agindo para evitar assaltos

Apesar das ações, mais dois roubos a taxistas foram registrados esta semana em Livramento

O crescente número de táxis circulando na cidade acabou se tornando uma fonte de renda para muitos trabalhadores e investidores, mas também está chamando a atenção daqueles que se aproveitam da oportunidade para praticarem assaltos.

Uma destas empresas, a qual acabou “puxando” a concorrência e popularizando a circulação de táxis na comunidade santanense, agora também vem tentando descobrir uma maneira de diminuir as incidências de roubos, os quais nos últimos seis meses chegaram a cerca de 18, ou seja, uma média de três roubos por mês. “Estes dados iniciais podem representar um universo maior, já que temos alguns trabalhadores que preferem não registrar ocorrência, e isso falando somente com relação aos trabalhadores da nossa empresa”, destacou o empresário Carlos Henrique Zani, diretor da empresa popularmente conhecida como Táxi Cinco.

A Plateia: A empresa vem realizando que tipo de ações para tentar evitar novos roubos?

Empresário: Estamos implantando alguns sistemas de segurança, principalmente à noite, quando ocorrem os assaltos.

A Plateia: Os roubos vêm impedindo que algum taxista trabalhe à noite?

Empresário: Dos 250 trabalhadores, dos 90 táxis associados, que formam o Rádio Táxi neste momento, apenas um acabou desistindo em função dos assaltos.

Últimos assaltos

Apesar de algumas prisões de acusados de roubo a taxista e do alerta que está sendo realizado pela Brigada Militar, esta semana, por exemplo, mais dois casos foram registrados na Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA).

Por volta das 19h de terça-feira (10), mais um trabalhador foi assaltado na região do Parque São José. Segundo informações policiais, o suspeito, alto e magro, solicitou uma corrida até a Vigia e depois retornou para as imediações da Caixa D’Água do Wilson. O suposto cliente e o taxista seguiram em direção a uma estrada de chão, quando foi anunciado o assalto. O assaltante ameaçou a vítima, informando que teria uma faca, pegou o dinheiro e arrancou o aparelho de comunicação com a base de táxi, fugindo logo em seguida para um matagal existente na localidade.

O segundo assalto da semana ocorreu ontem (11), por volta das 7h, na rua Dr. Luiz Arruda, no Parque São José, tendo como vítima um taxista de 69 anos de idade. Segundo o que foi registrado na DPPA, o acusado era magro e alto e subiu no veículo requisitando o serviço para a Avenida Brasília.

Antes mesmo da chegada ao ponto desejado, o ladrão anunciou o assalto, ameaçando o taxista com uma faca. O agressor estava ao lado do trabalhador e acabou levando dinheiro e o chip do aparelho celular. Segundo a vítima, o ladrão pegou o telefone, retirou o chip e depois devolveu o aparelho.

Logo após o assalto, o agressor se embrenhou em um matagal existente na localidade.

Até o fim da noite de ontem, nenhum suspeito havia sido preso, segundo informações colhidas junto à Delegacia.

COMANDANTE DO 2º REGIMENTO DE POLÍCIA MONTADA
Tenente-coronel Antonio Osmar da Silva

Entrevista

A Plateia: Quais as ações que a Brigada Militar vem realizando para impedir novos assaltos à categoria?

Coronel: Com base nestas ocorrências que vêm atingindo os taxistas, conversamos com os representantes dos trabalhadores e traçamos algumas estratégias, as quais já começaram a dar resultados, tendo em vista uma prisão em flagrante que foi realizada recentemente, quando um trabalhador estava em perigo. A grande preocupação da Brigada Militar é garantir, além da segurança do taxista, também a sua integridade física durante este tipo de abordagem.

A Plateia: Esta estratégia conta com aumento no número de policiais durante a noite?

Coronel: Nem sempre o reforço no policiamento resolve o problema. Por isso, estamos trabalhando de forma estratégica e em conjunto com a Polícia Civil, a qual tem o poder de investigar e identificar os principais suspeitos destes roubos. A Brigada Militar age no policiamento ostensivo em pontos que consideramos importantes e possivelmente onde residem os acusados, já que a tendência é de que os criminosos realizem os roubos perto dos seus domicílios.

A Plateia: A categoria vem colaborando com o policiamento?

Coronel: Sempre colaborou. Neste sentido, há um comprometimento de ambos os lados em prol de preservar o bem maior, que é a vida de cada trabalhador. A Brigada Militar segue trabalhando de forma intensa, principalmente no fim da madrugada e em localidades específicas.

 

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