A magia das pandorgas traz cores para o céu da fronteira nesta Semana Santa

Uma grande variedade de cores, motivos e modelos de pandorgas estão sendo oferecidos no parque Internacional

 

O colorido exeburante das pandargos pode ser conferido no parque Internacional

Em plena temporada, muitos pandorgueiros escolheram o Parque Internacional para comercializar seus produtos, alguns feitos de forma artesanal e outros industrializados. De longe é possível ver o colorido das pandorgas expostas num imenso varal, que vai de uma árvore a outra, com ofertas para os mais variados gostos.

 

Todos os anos, Sueli Nunes vende, no Parque Internacional, pipas importadas da China. Para ela, o sucesso do produto deve-se a facilidade de levantar, por ser feita de um tecido sintético e varetas de madeira além de ser muito leve, depende de pouco vento e podem ser desmontadas facilmente e guardadas para usar em outro dia. “Os meus maiores clientes são os turistas, que levam várias para as suas cidades, alguns perguntam para que servem , pois em suas cidades não existe a tradição de levantar pandorgas”, comentou.

Sueli Nunes vende pipas importadas da China no parque Internacional

O colorido

 

O colorido das pipas é um atrativo importante e são muitos os motivos da decoração, desde personagens de desenhos animados, animais, até super-heróis. Estas pandorgas, pipas ou cometas, custam entre cinco e quinze reais, dependendo da escolha do cliente.

Um dos tradicionais vendedores de pandorgas da fronteira é Antônio dos Santos , que há sete anos expõe e comercializa as pandorgas que ele mesmo confecciona, são mais de 200 por ano. Conta o pandorgueiro que a preparação começa um ano antes, quando começa a reunir material para fazer as pandorgas.

Como construir uma pandorga

O primeiro passo, segundo Antonio dos Santos é cortar as taquaras, fazer a afinação, a montagem, forração e acabamento (franjas e tirantes). O mais demorado são os escudos dos times, do 14 de Julho por exemplo, tem 32 recortes, todos feitos a mão. A dupla Grenal tem muita procura e nesse caso a criatividade, faz toda a diferença. “As minhas pandorgas são exclusivas, nenhuma é igual à outra, sempre tem um detalhe diferente”, garantiu Antônio. Em média demora três horas para fazer um “marimba”, preferido pelos meninos ou uma “bomba”, que as meninas gostam mais, embora muitas vezes a escolha ocorra em função do motivo e colorido da pandorga, comentou. A técnica de fazer boas pandorgas é um conhecimento que tem passado de pai para filho. Antônio aprendeu com o pai, Enio dos Santos, que por sua vez tinha aprendido com seu pai.

A paixão da dupla grenal representada nas pandorgas

“Sempre fiz pandorga para o Antônio, até ele ficar grande. Quando ele completou 18 anos, já sabia fazer pandorgas e começou a vender para os parentes, depois ele se tornou profissional” explicou Enio. A venda de pandorgas, em muitos momentos da vida de Antônio tem sido fonte de renda para sustentar a família, “fiz a festinha de primeiro ano da minha filha, que hoje tem 14 anos, com o dinheiro da venda de pandorgas”, comentou. O pandorgueiro sente orgulho de ter a carteira de artesão e conta com um site para a divulgação de suas criações.

 

“Já vendi pandorga para todo o Brasil, inclusive para Brasília, algumas são para santanenses que moram longe e outras para turistas”- concluiu. Quem quiser adquirir uma pandorga pode procurar no largo Hugolino Andrade onde elas estão sendo comercializadas.

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