Oleaginosa ainda não conta com defensivos registrados no Mapa

Apesar dos primeiros cultivos da canola no país datarem de mais de 30 anos, ainda não existem defensivos registrados para a cultura. Mesmo assim, produtores apostam na cultura visando à liquidez que o mercado da oleoginosa oferece.

A canola é conhecida como soja de inverno, não apenas por originar subprodutos como óleo comestível e biodiesel, mas especialmente pela equiparação com o preço da soja nos contratos de venda. Mas é outra comparação que está chamando a atenção do Governo: o uso de defensivos, especialmente herbicidas e inseticidas, indicados para o cultivo da soja estão sendo utilizados também na canola, situação que, na avaliação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), é uma irregularidade cabível de autuação do órgão. Segundo o representante do setor no Mapa, Arlindo Bonifácio, o ministério conta hoje com 1.600 produtos registrados para uso no Brasil, mas nenhum está registrado para a canola. A lacuna, conforme Bonifácio, resulta da falta de interesse das empresas de defensivos em investir na cultura. Quem registra é a empresa. As organizações de produtores geram a demanda, as instituições de pesquisa indicam e respaldam o produto, mas a entrada do processo de registro depende do interesse das empresas, que têm direito sobre determinada molécula ou princípio ativo. Atualmente, o registro de um defensivo demora, em média, dois anos e chega custar R$ 30 mil por cultura.

 

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