Qualidade do trigo produzido passa por avaliação
Trigo: avaliação estabelece a qualidade total do cereal produzido no solo gaúcho
Para o trigo classe pão, o valor mínimo da força de glúten é de 180 (10-4J) e o número de queda mínimo é de 200 (segundos).
Com base no trabalho das Unidades de Classificação e Certificação da Emater gaúcha, foram avaliadas 286 amostras de trigo da safra 2009 e 261 amostras de 2011, colhidas em várias regiões do Estado do Rio Grande do Sul.
As informações são dos técnicos Luiz Ataides Jacobsen e Rogério Bruschi.
Segundo eles, do universo amostrado em 2009, quanto ao Número de Queda, apenas três delas ficaram com valor abaixo de 200, e 261 amostras apresentaram valor acima de 250, ou seja, um valor exigido para o trigo considerado melhorador.
Figura 1
Com a nova Instrução Normativa nº 38, de 30 de novembro de 2010, que aprova o Regulamento Técnico de Identidade e de Qualidade do Trigo e que passará a vigorar a partir de 1º de julho de 2012, os parâmetros antigos de Força de Glúten e Número de Queda possuirão valores mais exigentes, exceto para a classe melhorador, a qual manterá seus valores. A Força de Glúten exigida passará para 220, dentre outros requerimentos.
O trigo pão exige agora um número de queda de 220, contra os anteriores 200 s.
De acordo com os dois técnicos, com a nova Instrução Normativa nº 38, de 30 de novembro de 2010, que aprova o Regulamento Técnico de Identidade e de Qualidade do Trigo e que passará a vigorar a partir de 1º de julho de 2012, os parâmetros antigos de Força de Glúten e Número de Queda possuirão valores mais exigentes, exceto para a classe melhorador, a qual manterá seus valores.
A Força de Glúten exigida passará para 220, dentre outros requerimentos.
O trigo pão exige agora um número de queda de 220, contra os anteriores 200 s.
O trabalho dos técnicos ressalta que nessa nova instrução será adicionado o parâmetro estabilidade à classificação, que significa o tempo em minutos de manutenção das características após o amassamento. A força mínima para que o lote não seja destinado a outros usos passa a ser de 100, contra os 50 da nomenclatura anterior.
Para a classe doméstica, outra novidade: será exigida Força de Glúten de no mínimo igual a 160 e Número de Queda mínimo de 220.
Figura 2
A qualidade que varia em função do potencial genético de cada cultivar e das tecnologias aplicadas na condução da lavoura, nos processos de secagem e armazenamento, também está sujeita a variações em função do ambiente natural durante o desenvolvimento da cultura.
Das amostras oriundas da colheita de 2011, a distribuição da Força de Glúten pode ser verificada na figura 2.
Quanto ao número de queda nessas 261 amostras, nenhuma delas ficou abaixo de 250 s.
Os percentuais apresentados na figura 2 mostram uma substancial evolução da qualidade em relação à Força de Glúten no comparativo com a colheita de 2009. Agora, o trigo pão passou a ser de 86% do universo amostrado, evidenciando a evolução no quesito qualidade do trigo gaúcho, fruto da genética, da tecnologia de produção e da armazenagem.
Entretanto, a amostra da safra 2011 revela que o incremento qualitativo ainda não foi suficiente para atender os requisitos exigidos pela Instrução Normativa nº 38 para a classe pão, pois apenas 33% das amostras indicam Força de Glúten igual ou superior a 220.
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