Debates acalorados arrancaram reação e aplausos do público em geral no Tribunal do Júri

Promotor de Justiça José Eduardo Gonçalves

O promotor de Justiça, José Eduardo Gonçalves, iniciando os debates do Tribunal do Júri, utilizou de todo o material disponível nos autos deste processo para tentar provar que o réu, Edson Reina, era realmente o autor da brutal morte da professora Deise Charopen Belmonte, que desapareceu no dia 3 de agosto de 1998 e cujo corpo, em pedaços, foi encontrado dias depois, nas proximidades da BR-293, em Livramento.

Com o réu já condenado pelos crimes de vilipêndio e ocultação de cadáver, a promotoria questionou os jurados o tempo todo sobre quem poderia, então, ter matado a vítima se não ele, já que o acusado teria sido o autor dos outros dois crimes.

Em suas explanações, Jose Eduardo Gonçalves apresentou uma das provas contidas nos autos, onde haviam inscrições realizadas pela própria vítima, dando a entender que a mesma sofria algum tipo de agressão por parte do acusado. “A vítima falou. A vítima fala sim”, destacou o promotor, mostrando que o crime teria sido passional, já que o fim do relacionamento de ambos havia ocorrido no dia 30 de julho, alguns dias antes do desaparecimento e morte de Deise.

Outros pontos importantes da acusação dizem respeito à prova de que o veículo utilizado por Xirica naquela época dos fatos havia sido lavado e em seu interior encontrado sangue pela perícia. “Um homem violento e, se soltar, vai matar mais uma”, já sem voz, destacava o promotor aos jurados.

A acusação também usou como referência para provar conduta agressiva do réu, o crime cometido pelo mesmo no Chile, quando foi condenado e extraditado para o Brasil.

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