Governo propõe reajuste de 76,68% aos professores

Impacto financeiro da proposta significa investimento de R$ 2,5 bilhões

Os secretários da Educação, Jose Clovis de Azevedo, e da Casa Civil, Carlos Pestana, apresentaram em entrevista coletiva à imprensa a proposta de calendário de reajuste do piso do magistério que foi encaminhada ao CPERS/Sindicato na tarde de sexta-feira (24). Reafirmando o compromisso com o pagamento do piso e a política de ganho real, o Executivo detalhou a proposta de calendário cuja base de reajuste leva em conta o INPC. Considerando este índice, que em 2011 foi de 6,08%, o valor do piso passa de R$ 1.187,91 para R$ 1.260,19.

O total da proposta garante reajuste de 76,68% (índice aplicado sobre o índice anterior de reajuste).

Em janeiro do ano passado, o vencimento básico dos professores contratados por 40 horas semanais era de R$ 713,26. Em novembro de 2014 será de R$ 1.260,29. Em janeiro do ano passado, o vencimento básico dos professores contratados por 40 horas semanais era de R$ 713,26. Em novembro de 2014 será de R$ 1.260,29.

Para os professores em final de carreira, com contrato de 40 horas, o básico era de R$ 3.209,58 em janeiro de 2011 e será de R$ 5.671,34 em novembro de 2014.

O impacto financeiro dessa proposta significa um investimento de R$ 2,5 bilhões, superior aos R$ 2 bilhões reservados pelo governo no Plano Plurianual (2012-2015). “Este é o maior investimento aqui já feito por governos estaduais”, afirmou Pestana. O secretário da Educação, José Clóvis de Oliveira, que é professor e ex-dirigente sindical do magistério, destacou que “este é um momento importante, de resgate da educação, que certamente terá um impacto positivo na qualidade do ensino no estado”.

Calendário

A nova proposta, que está na Assembleia para votação nesta quinzena, acrescenta mais 23,5% em correções em maio e novembro deste ano e fevereiro de 2013. Os outros 28,98% serão concedidos em novembro de 2013, maio e novembro de 2014.

Para os professores em final de carreira, com contrato de 40 horas, o básico era de R$ 3.209,58 em janeiro de 2011 e será de R$ 5.671,34 em novembro de 2014.

Cpers reage com indignação e vai debater a proposta

O calendário do governo que foi apresentado ao Cpers, fez com que dirigentes reagissem com indignação à proposta. “O governo não considera a lei do piso nacional, que é muito clara quanto à regra de reajuste.

O governo propõe, até 2014, um piso de R$ 1.260, quando, ainda este ano, ele pode ficar em R$ 1.450”, critica a presidente do sindicato, Rejane de Oliveira. Ela acredita que o governador Tarso Genro não tem intenção de cumprir com a norma que ele mesmo assinou, enquanto Ministro da Educação.

“O calendário é uma manobra que o governo faz para mentir para a sociedade. Não querem e não irão pagar o piso. Usam de todos os subterfúgios para burlar a vontade real de não cumprir a lei”, dispara Rejane.

O Cpers fará uma assembleia geral no dia dois de março em frente ao Palácio Piratini para debater a proposta do governo e decidir que atitude será tomada.

Carlos Pestana diz que reajuste é 12 vezes maior que o do último governo

“Não há na história do magistério gaúcho governo que tenha dado aumento maior”, assegurou o chefe da Casa Civil do governo do Estado, Carlos Pestana, durante entrevista coletiva na tarde de sexta-feira (24) para expor o calendário de pagamento dos reajustes salariais dos professores, ativos e inativos. Até novembro de 2014 o Executivo terá concedido ao magistério 76,68% de reajuste salarial e alcançado o piso nacional de R$ 1.260,22. “No último governo o reajuste foi de 6%. Nós estamos dando 12 vezes mais”, destaca Pestana.

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