Canil: para o bem estar dos animais e para garantir a segurança quando necessária

Família Simões Pires, apesar de ter um labrador bastante dócil, não descuida de um local adequado para ele

Haley, com três anos de idade, tem seu próprio espaço, o qual ele utiliza sempre que necessário

Assim como várias residências em Livramento não possuem um canil – lugar onde se abrigam cães -, muitas outras possuem e destoam de forma positiva daqueles ambientes onde os animais vivem soltos pelas ruas, sujeitos a doenças e podendo provocar acidentes.

Uma destas residências onde a vida de cão é apenas uma metáfora, está localizada na rua Antonio Fernandes da Cunha, e pertence à família Simões Pires.

Sem querer se identificar, a proprietária do local abriu, mesmo assim, as portas de sua residência para mostrar como vive o mascote da casa, Haley.

O cão da raça Labrador (chocolate), de apenas três anos de idade, vive sem coleiras ou correntes, mas possui um cantinho próprio, adequado para o seu bem estar. “É um animal muito dócil; circula por toda a casa sem problemas; brinca com as crianças. Ele tem o canil, com sua casinha abrigada, mais um espaço que é cercado com tela e com sombra. O Haley não oferece risco algum, mas se necessário, ele entra para o canil e fica ali sem causar problemas”, comentou a proprietária do Labrador.

A família sempre criou cães e em especial Haley, que é um cão adestrado. Quando recebe o comando “canil”, imediatamente vai para o interior do espaço cercado e fica aguardando o próximo comando do seu tratador.

Espaços assim são extremamente necessários para o conforto e bem estar do cão e para segurança, quando necessária. Esta consciência é compartilhada por todos que tentam minimizar a questão dos animais soltos nas ruas, o que acabou se tornando uma questão de saúde publica.

Vigilância Sanitária

O coordenador do Serviço de Vigilância Sanitária do Município, Leonardo Chuy, inclusive, tem preparado um trabalho sobre “posse responsável”.

O canil é um local limpo e adequado para manter o animal de estimação

Neste trabalho, Chuy destaca que o controle de natalidade em animais não promove a imunização dos mesmos contra doenças transmissíveis, não os impede de agredir ou de provocar acidentes de trânsito, nem de promover degradação ambiental, bem como não promove intrinsicamente o bem-estar animal. Portanto, ainda que castrados, se eles permanecerem tendo livre acesso às ruas, continuarão sendo uma população não controlada, constituindo-se em risco à saúde e à segurança pública, além do risco à sua própria saúde e bem-estar.

Além disso, o trabalho destaca as principais demandas dos municípios no tocante ao serviço de controle animal: animais sem controle (irrestritos); crias indesejadas; abandono animal; superpopulação de animais; criação e comercialização desregrada ou irregular; denúncias de maus-tratos e outras; mordeduras e demais agravos e desconhecimento ou não incorporação dos preceitos de bem-estar animal para o desenvolvimento de um programa de controle.

A Vigilância Sanitária também elenca os principais motivos alegados para o abandono de cães: atitudes infantis do filhote (rói objetos pessoais, urina em local indesejado); deficiência física do animal; desemprego ou crise financeira do proprietário; doença crônica ou sequela de acidente; idade avançada do bicho; morte de quem tem vínculo com o animal; mudança de casa para apartamento; o animal está esperando filhotes; problemas de comportamento (agressividade, ausência de adestramento) e até mesmo a separação conjugal.

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