Depois de muita luta, mãe consegue provar inocência de filho que estava preso

O jovem havia sido preso após ser apontado como moto-assaltante, o que não ficoucomprovado. Mesmo assim, ele permaneceu recluso por aproximadamente 4 meses

Leandro Gonzalez e sua mãe Mariela Gonzalez Perez, que nunca desistiu de lutar pela liberdade do filho

Preso por conter em seu poder produto intorpecente, que alegou ser para consumo próprio, Leadro Gonzalez Winz não fazia ideia que naquele momento começaria o maior pesadelo que já vivera até hoje em sua vida. Sob a alegação de que seria um moto-assaltante, ele foi recolhido à Delegacia de Polícia.

Para o jovem, a confusão partiu pela identificação da moto. “Eles olhavam muito para a moto e eu não entendia”, declara.

Recolhido no dia 11 de setembro de 2011, Leandro relata que esteve 4 meses, 4 dias e 21 horas preso. “A gente não teve como comemorar o aniversário da filha dele de cinco anos, nem natal e nem ano novo”, desabafou a mãe.

Leandro Gonzalez Winz e seu Alvará de Soltura

Ela afirma que conhece os três filhos que tem, e não é o tipo de mãe que passa a mão por cima da cabeça dos filhos. “Eu sei que meu filho fez muita besteira, passei 10 dias com ele incomunicável, ninguém me falava direito o que acontecia. Quando eu realmente consegui saber do ocorrido, comecei a investigar por conta, queria saber o que ele tinha feito. Se tinha praticado os mais de 10 assaltos de que estava sendo acusado, onde estava o dinheiro? Por que não havia comprado sequer uma camiseta nova? Ele cuidava da filha para a mulher trabalhar e ela acabou perdendo o emprego. Ele trabalha com a cara dele, pois faz oito anos que ele vende trufas na rua e sempre frequentou o Fórum, as delegacias, hospital e outros locais públicos. Pois, neste momento, eu vi que meu filho não era a pessoa que estavam procurando e iniciei a minha luta”, relata a mãe.

Seu primeiro contato com um profissional do Direito foi desanimador, conforme seu relato: “Contratei um advogado que simplesmente não acreditava em mim e isso me desesperou”, relata. Apesar disso, depois de suas manifestações em frente ao Fórum da cidade, onde a mesma chegou a iniciar uma greve de fome e acorrentou-se, para que pudesse ser atendida. “Graças a Deus, no momento de desespero, eu tive o apoio do advogado Marcelo Argiles, que me ajudou e sequer me cobrou um peso, pois sabia que eu não tinha mais nada para gastar”.

Leandro foi solto porque nada que o ligasse aos moto-assaltos foi provado. Sua mãe relata que hoje é uma pessoa feliz, pois está com seu filho em casa, sua neta de cinco anos e ainda sua nora. “Eu só gostaria que as pessoas, quando cruzassem com meu filho na rua, não o recriminassem. Ele não é um bandido. Ele vai respoder pela droga que ele tinha no bolso, e acho que merece, pois também errou em fazer isso e para tanto deve pagar pelo erro”, finalizou.

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1 Comentário

  1. dibujarte

    Como bem diz a mãe, desanimador mesmo. Tive oportunidade de estar presente na delegacía de polícia da rua silveira martins, quando perante o escrivão Farias, uma das vítimas não hesitou em dizer que ele não era quem a havia assaltado. Por incrível que possa parecer, essa moça não foi ouvida pelo juiz da causa.

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