TRILHÃO QUE VEM E VAI

Mais de Três Trilhões de dólares foi o montante de desvalorização das ações de empresas cotadas nas bolsas de Valores no mundo inteiro, em uma semana. Foi riqueza que desapareceu de uma hora para outra. Como os mercados estão globalizados e se comunicam instantaneamente, os efeitos acontecem em “cascata”. A moda agora é trilhão que vem e vai. Foram trilhões de dólares que os Americanos na crise de 2008 tiveram de injetar na economia para salvar o sistema financeiro e o setor imobiliário. Igualmente quantias deste montante os Europeus e Asiáticos inverteram para estimular a atividade econômica. É bom desde já salientar que a única justificativa para essa intensa movimentação de recursos foi o interesse público. Alegaram na época que os procedimentos adotados eram indispensáveis sob pena de uma “quebradeira geral” desestabilizar toda a atividade econômica mundial. Agora a cena se repete, mas evidentemente em outro espaço. Não poderia ser diferente, porque os Governos que criaram dinheiro para salvar e gastar sem limites estão com suas finanças desequilibradas e também precisam de socorro, reduzindo seus gastos em muitos trilhões de dólares. Inicialmente foi a Grécia, com a crise se espalhando pela Europa e agora os Americanos já “rebaixados”. É bom saber que a se tornar realidade o enxugamento de trilhões prometidos, não há como deixar de repercutir em todo o mundo e em particular no Brasil. Imaginar tantos recursos saindo da economia mundial é com certeza apostar que a recessão e a diminuição do crescimento econômico se tornarão realidade. O Brasil efetivamente dispõe de circunstâncias privilegiadas. Esta realidade se sustenta em uma política macro-econômica bem sucedida, crescimento econômico sustentável, sistema financeiro saneado e a valorização das commodities. Mas é de assegurar que nem todas essas prerrogativas serão capazes de evitar o “tsunami”. É ainda de considerar, que atualmente os governos não terão mais como fabricar dinheiro para intervir na crise. Aqueles segmentos que não forem capazes de sobreviver pelas próprias pernas, vão sucumbir. Portanto, é de se lamentar que estes movimentos cíclicos de crise econômica estejam acontecendo cada vez com mais freqüência. Isto demonstra não só uma nova dinâmica, mas especialmente a incapacidade dos países desenvolvidos de regular a atividade econômica. Neste movimento os trilhões acontecem no cenário da expressão monetária, mas invariavelmente a população é quem paga o maior preço. Aumentam os desempregados e diminuem os salários bem como muitos empreendimentos em razão do aumento de tributos são obrigados a fechar suas portas. O certo é que não existe “mágica”, o mundo mais uma vez está em crise. A nossa expectativa é que o nosso País consiga evitar a contaminação maior, continuemos crescendo e minimizando os nossos problemas sociais, para melhoria da qualidade de vida do nosso povo. É claro que a perda de valor dos papéis tem repercussão na vida real, entretanto é a hora dos nossos ativos estratégicos, alimentos, água e recursos naturais fazerem a diferença, pela agregação de valor, capacidade de trabalho e participação do nosso povo.

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