Aprovado por alguns, discutível para outros

Enquanto muitos correm para a busca do par ideal, outros preferem encontros à moda antiga

Por Cleizer Maciel
cleizermaciel@jornalaplateia.com

A estudante santanense Cássia Malcorra acredita que os relacionamentos devem se dar pouco a pouco e não por encomenda

Em seu segundo relacionamento, a jovem Cássia Malcorra acredita que essa talvez não seja a melhor forma de iniciar, ou buscar, um relacionamento. Segundo ela, as pessoas quando vão registrar seus nomes nos cadastros das agências de namoro ou matrimônio, colocam apenas o que há de melhor em si e se esquecem que o ser humano é passível de erros e cheio de defeitos. “O bom é descobrir aos poucos a pessoa, e não comprar uma ideia pronta. Tenho um namorado há dois anos. Comecei meu relacionamento do modo mais tradicional que existe. Não confio nesses namoros que se dão de um dia para o outro. Começamos aos poucos, e depois de sete meses ele me pediu em namoro. Particularmente, prefiro assim, porque acho que é dessa forma que se descobrem todas as faces da outra pessoa”, disse a estudante de 15 anos de idade, que diz que não se cadastraria em uma agência matrimonial por acreditar que algumas coisas precisam ser, como ela mesmo convencionou chamar, “à moda antiga”.

Tradicional

Para o casal Amir Omar, 42 anos, turismólogo e guia de montanha, e a Psicóloga Liliana Martins Campelo, 35 anos, as pessoas estão, sim, cada vez mais carentes. “Vivemos em um mundo onde as pessoas possuem, e precisam aprender a conviver, com um tempo cada vez maior para se relacionar. “Elas buscam esse subterfúgio para tentar encontrar ali, através desse tipo de ferramenta, a pessoa certa ou considerada ideal. Não foi o nosso caso. Nos conhecemos em Torres e estamos juntos há três meses. Somos um casal convencional, mas não me acho em condições de criticar quem não abre mão desse tipo de serviço”, afirmou Omar.

Com a palavra, a Psicologia

Liliana Martins (e) e Amir Omar (d), juntos há três meses, preferem a forma convencional de conhecer um parceiro

Informada da grande incidência de mulheres comprometidas que buscam os serviços que são prestados pela agência de matrimônios, a Psicóloga santanense Raquel Hurtado disse que os valores estão transformados e distorcidos. “De fato vivemos uma crise de valores, em que a liberação das mulheres ainda não encontrou seu ponto de equilíbrio.

Existe, também, uma enorme insatisfação acerca dos objetivos e metas de vida. As pessoas estão muito preocupadas em ter muitas coisas, e estão se atrapalhando no que diz respeito ao SER… Talvez, se pudessem buscar outro tipo de ajuda para sua “válvula de escape”, algo mais saudável, teriam mais sucesso no alívio dessas angústias. Temos uma legião de pessoas angustiadas, e no que diz respeito ao tema que estamos abordando. Esses angustiados estão buscando alívio das tensões nas relações sexuais… E por que não com seus parceiros? Essa é uma pergunta a ser feita! As relações estão perdendo sua força? A busca da falta de compromisso… O casual se torna atraente no sentido de não necessariamente precisar do afeto para se manter…”, afirmou ela.

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