Incidência do clima gera redução produtiva na bovinocultura de leite

Pecuária leiteira não tem abundância de forragem como em outras épocas do ano

A situação da bovinocultura de leite registra, nos municípios da região Fronteira Oeste, como Livramento, Quaraí, Alegrete, situação de redução na produção, porém, ainda não são graves os prejuízos – o que poderá ocorrer caso a estiagem se acentue. Além da questão clima, o elemento alimentação está fazendo a diferença para os produtores. Ainda não há comprometimento de escala, entretanto, mas já são registradas algumas reduções mais acentuadas em localidades determinadas em função da baixa qualidade da alimentação, fazendo com que o custo de produção, mediante aumento do uso do racionamento, suba.

As forrageiras anuais, assim como as perenes, estão com crescimento vegetativo parcialmente paralisado em algumas regiões, principalmente na metade Norte do RS. Em decorrência disso, a silagem obtida é fraca, o que já está comprometendo a produção de leite, e as perdas são muito variáveis em cada município, dependendo das condições climáticas e da estrutura dos produtores. Quanto mais estoque de alimentos (silagem, feno) e irrigação, menores são as reduções. Há municípios com perdas importantes em relação aos meses de outubro-novembro, e elas são mais significativas para os pequenos produtores que possuem baixa infraestrutura de produção. Cooperativas estão lançando programas que facilitam a compra de ração para bovinos de leite, com o intuito de amenizar as perdas.

No Sul do Estado, a produção de leite se mantém em alta nos municípios com boas precipitações no período, com aumento de produtividade, devido às pastagens de azevém se encontrarem em pleno desenvolvimento, favorecendo o pastoreio em quantidade e qualidade. Os preços praticados pelas agroindústrias de laticínios se mantêm estáveis. Conforme o Levantamento Semanal de Preços da Emater/RS-Ascar, o valor líquido médio da semana para o litro de leite ficou em R$ 0,68.

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