Livramento corre risco de ficar sem Banco de Alimentos

Entidade deve devolver atual prédio para a Prefeitura até março

Sede provisória deve ser devolvida à Prefeitura Municipal até março

Sant’Ana do Livramento está sob o risco de perder a entidade que faz a distribuição de alimentos para quase 50 entidades assistenciais da cidade. Trata-se do Banco de Alimentos, que até o momento não possui uma sede própria e tem prazo definido para entregar o local onde está estabelecida atualmente. “Quando falamos que corremos o risco de perder o banco de alimentos de nossa cidade é porque nos faltam parceiros. O intuito da entidade é juntar todos os parceiros possíveis, entre eles Rotary, Lions Club, Associações e todas as entidades para que em um grande grupo, consigam movimentar este banco”, destaca Aglae Araújo Presidente do banco de alimentos de Livramento. O banco de alimentos está constituído na cidade há quatro anos, mas conforme a sua presidente, ele não tem o desenvolvimento que deveria ter, apesar de ter uma diretoria executiva e também uma voluntária e um conselho fiscal. “Nós temos dentro do Banco de Alimentos do Rio Grande do Sul uma posição que nos garante um repasse a cada 30 ou 60 dias de aproximadamente 10 toneladas de alimentos, que é um número mínimo, se levado em conta à necessidade que temos”, destaca Aglae. Para ela, esta parceria que está sendo buscada, é na intenção que a abrangência da entidade se desenvolva e seja mantido e ampliado o atendimento existente. “Nós trabalhamos com as associações de bairro, as lideranças comunitárias e sabemos que em Sant’Ana do Livramento temos uma carência muito grande de alimentação”, completa.

Intenção

Conforme a presidente do Banco de Alimentos, a intenção é ampliar o atendimento através de parcerias com a comunidade santanense e até mesmo o empresariado santanense. “Estamos apelando para que as pessoas venham a nós, para fazer este trabalho de captação de alimentos para que as pessoas que realmente necessitam, possam ter este retorno. Outro dia, uma menina me questionou se isso era bom e eu respondi que preferia que não tivéssemos que fazer a captação de alimentos. Que bom seria se todas as pessoas trabalhassem, se todos tivessem uma renda, mas isso é uma realidade longe da nossa ainda”, afirma.

Distribuição

As 10 toneladas recebidas do governo do Estado são distribuídas entre aproximadamente 47 entidades assistenciais da cidade, sendo que cada uma delas tem de 100 a 120 abrigados. A distribuição se dá através do presidente de cada uma destas entidades. Geralmente é arroz, feijão, massa, leite em pó, entre outros. A distribuição tem que ser feita em até dois dias, obedecendo ao prazo de validade dos produtos.

Necessidade

A maior necessidade no momento para o Banco de Alimentos da cidade é a aquisição de um local próprio para realização de suas atividades, bem como a constituição de uma cozinha, que é uma das exigências do governo do Estado, para que sejam ministrados cursos de reaproveitamento. A entidade está alojada provisoriamente na rua 13 de Maio, em um local cedido pela Prefeitura Municipal, local este que deve ser devolvido à administração municipal até o mês de março. “Esta é a nossa grande luta no momento, que alguém ou até mesmo a Prefeitura nos ceda outro local, mesmo que provisoriamente, pois a nossa intenção é a construção ou mesmo aquisição de um local próprio. Não queremos nada deslumbrante, pode ser até mesmo um galpão na cidade, com facilidade de acesso e com uma cozinha que deverá ser usada o dia inteiro para a realização de cursos”, finaliza Aglae Araújo.

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